O candidato, de 72 anos, apresenta-se numa nota biográfica enviada à agência Lusa como sendo eletricista de formação, tendo trabalhado como empreiteiro de instalações elétricas, construtor, e depois empresário nos ramos de eletrodomésticos, ar condicionado e cozinhas.
“Trabalhador desde os 12 anos, reformado mas não resignado, ocupo parte do meu tempo no ginásio, a refletir, e a escrever…”, afirma Carlos Santos, acrescentando não ter carreira política anterior, tendo decidido “avançar cansado do sempre-mais-do-mesmo, da desorganização e do abandono do país”.
A proposta central do candidato é a habitação, avançando com propostas nesta área, como uma solução modular inteligente, um financiamento bancário com aval municipal parcial, uma reversão para a Câmara dos imóveis em incumprimento, um foco nos jovens, famílias de rendimentos baixos/médios e na habitação pública para estudantes e profissionais essenciais deslocados.
O programa de Carlos Santos inclui ainda medidas como a revitalização da economia e do emprego, a “transparência na gestão e fim do compadrio”, a reorganização “racional” da Câmara e serviços, com uma redução “drástica” de chefias ou a ativação do Corpo de Polícia Municipal, com videovigilância.
O candidato à Câmara de Loulé tem como adversários nas próximas eleições Telmo Pinto (PS), Hélder Martins (PSD/CDS-PP/IL), Ana Poeta (Livre/BE), Catarina Piedade (CDU) e Fernando Santos (Chega).
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS venceu, com a maioria de 55,44% dos votos, alcançando seis mandatos, seguido da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT (22,18%), com dois mandatos, e do Chega (8,68%), com um mandato.
Loulé é o concelho mais extenso e populoso do Algarve, com 763,67 quilómetros quadrados de área e 72.344 habitantes (2021).
Uma parte importante dos seus rendimentos deve-se ao setor turístico, concentrando empreendimentos de luxo como a Quinta do Lago, Vale do Lobo ou Vilamoura.
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.
Lusa