Decorreu no sábado, dia 28 de agosto, a apresentação do livro «Nave do Barão - Memória e Identidade», na Associação «Os Barões».

Com a coordenação de Joaquim Sarmento, a sessão de apresentação foi apresentada pelos jovens, David Gomes, Rita Morgan e Eva Teixeira. Para falar sobre o livro, esteve presente o professor Alberto de Melo, o investigador Júlio de Sousa, André Francisco, em representação do presidente da Junta de Freguesia de Salir e o Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo. 

Devido à morte de Casimiro Bota, uma figura da terra, a parte festiva, com os acordeonistas, foi cancelada e foi feito um minuto de silêncio em jeito de homenagem.

Joaquim Sarmento referiu que «este livro não é um livro do passado. Se o lerem com atenção, como eu tive o prazer de ouvir e registar no conjunto de entrevistas e mesas redondas que fizemos com as crianças e jovens da Nave do Barão, vão perceber que é surpreendente a sabedoria, a sensibilidade e atenção que eles têm aos problemas da aldeia e do mundo, assim como a forma como eles têm para os resolver».  

«É tão bonito ver tantos filhos da terra juntos a propósito da edição deste livro e isso é uma prova de grande alegria e emoção», destacou ainda Joaquim Sarmento.

O prefácio foi escrito pelo professor Alberto Melo que expressou que existem, de facto, muitos talentos na Nave do Barão. «Nave do Barão - Memória e Identidade» aborda as origens e a história da Nave do Barão, com documentos comprovativos de factos e curiosidades acerca da Nave do Barão.

Na sua intervenção, falou da «saudade» da «terra onde passava férias» quando estava em Lisboa e nas experiências que viveu. Abordou ainda o aumento da «atração rural» e da importância da Nave do Barão no Algarve, assim como algumas mudanças que ocorreram ao longo dos anos no local.

O investigador Júlio de Sousa, explicou a sua ligação à Nave do Barão e elucidou a forma em como a sua investigação sobre a origem do Nome da Aldeia “Nave do Barão”, assim como a derivação de alguns topónimos desta zona da serra, e desvendou que a origem do nome de Nave do Barão inicialmente era uma zona mais abrangente e como as pessoas só tinham um nome cristão e o apelido, dificultando a identificação das pessoas. Apesar de não conseguir identificar o local de nascimento, pelo desaparecimento de alguns registos, viveu nesta aldeia, na altura um senhor de nome Barão Martins, e dos dois casamentos teve 16 filhos, oito de cada casamento, acabou por falecer entre 1710 e 1715.

Já Francisco André referiu que «é bom ver esta sala cheia de gente, dentro do que é permitido». Para além disso, salientou o trabalho dos envolvidos no livro e acrescentou que esta «é uma verdadeira obra de arte, de fácil leitura e que envolve os mais novos e os mais velhos».

Vítor Aleixo referiu que esta obra «foi uma excelente ideia e pode até chamar-se de tesouro». Para o presidente da Câmara Municipal de Loulé, «Nave do Barão - Memória e Identidade» é «uma herança com qualidade que se deixa para o futuro», para  perpetuar a história desta aldeia num livro para as gerações vindouras, é bom poder ver fotos antigas e recordar famílias e pessoas que já cá não estão, é bom este sentimento. Neste livro temos desde estudos de antropologia, temos hábitos costumes, o nosso folclore lembra termos do nosso vocabulário antigo … e a Associação “Os Barões” sabe incutir nos mais jovens este gosto pela ciência e estas matérias.

A sessão cumpriu as regras da Direção-Geral de Saúde e os lugares foram reservados.