A taxa de ocupação média quarto atingiu os 60 por cento, mais 5,5 por cento do que em 2014, tendo as dormidas totais ascendido a cerca de 17,5 milhões. O número de hóspedes atingiu, nos empreendimentos hoteleiros e turísticos registados oficialmente, os 3,5 milhões, dos quais mais de 1,06 milhões foram nacionais.
Os proveitos dos aposentos atingiram os 550 milhões de euros durante o ano e a alimentação e bebidas cerca de 200 milhões de euros no mesmo período. O rendimento médio por quarto disponível (RevPar) cifrou-se nos 38,9 euros/dia a preços correntes. Os resultados líquidos subiram 3,3 por cento, enquanto mais de 85 por cento das empresas viram a sua situação financeira melhorar relativamente ao ano anterior.
Os hotéis de 3 estrelas registaram a taxa de ocupação média mais alta (66,2%), seguidos dos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas (63,9%). A zona de Monte Gordo / Vila Real de Santo António liderou as taxas de ocupação no Algarve com 71,1%, seguida de Faro / Olhão com 64,7%, Portimão/Praia da Rocha Alvor com 61,9%, Vilamoura /Quarteira/Quinta do Lago com 61,6% e Albufeira com 61,2%.
Os turistas britânicos geraram 5 748 milhões de dormidas (32,7%), secundados pelos nacionais com 4 125 milhões (22,9%), alemães 1 917 milhões (11,2%), holandeses 1 554 milhões (9,6%) e irlandeses 927 mil (5,1%).
Em 2015, o golfe turístico gerou 1,166 milhões de voltas, ou seja, uma média de 30.807 voltas por campo (+7,4%). Os turistas estrangeiros são responsáveis por 95 por cento das voltas comercializadas (250 mil turistas/ano), tendo as receitas diretas atingido cerca de 75 milhões de euros e as indiretas (alojamento, restauração, comércio, rent-a-car, etc.) à volta dos 350 milhões de euros em bens transacionáveis.
As marinas e portos de recreio do Algarve viram aumentar, em média, o número de visitas de embarcações nacionais e estrangeiras e o Turismo Residencial deu sinais de recuperação, consubstanciado em um crescimento das transações de imóveis efetuadas durante o ano.
O acentuar da instabilidade nos destinos turísticos concorrentes, nomeadamente na Bacia do Mediterrâneo e Magreb, a desvalorização do euro face à Libra (5,8%) e ao dólar (10%), a descida dos preços do Jet Fuel para aviões (-50% em euros e -70% em dólares desde 2013), contribuíram, decisivamente, para o aumento da procura verificado em 2015.
As perspetivas para 2016 apontam para a subida dos preços em 2,6 por cento, as taxas de ocupação em 3,8 por cento e o volume de vendas em 5,9 por cento, fazendo com que as empresas melhorem os seus resultados líquidos e financeiros em 2,2%.
Por AHETA