A ENMC manifestou a 10 de dezembro a sua “surpresa” por a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) ter expressado preocupação pelo “secretismo” em torno das concessões para prospeção de hidrocarbonetos na região.
As câmaras municipais do Algarve tinham exposto no dia anterior ao Governo o seu “desagrado, sérias dúvidas, preocupações e enorme ceticismo” quanto ao processo de prospeção e exploração de petróleo e gás natural na região e anunciaram que iriam recorrer a “todas as formas legais” para “contrariar os processos em curso, com o objetivo de revertê-los”.
Entretanto, uma associação de cidadãos, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo, pediu a presença dos algarvios no local da reunião, para fortalecer a posição de rejeição assumida pela AMAL face à exploração de petróleo e gás natural no Algarve.
A empresa Portfuel, do empresário Sousa Cintra, tem desde 25 de novembro a concessão para a exploração de petróleo nas áreas de Aljezur e Tavira, onde será feita pesquisa em terra com métodos tradicionais.
Além deste projeto, já foram assinados contratos com consórcios internacionais para prospeção no mar, ao largo da região, num processo contestado por várias associações cívicas e ambientalistas, que se uniram com a constituição da Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) para alertar para os riscos destas concessões e tentar travá-las.
Por Lusa