“É uma situação que preocupa o novo Conselho de Administração da APS”, disse à Lusa fonte oficial da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), acrescentando que está neste momento a ser trabalhada uma “solução que viabilize comercialmente o Porto de Faro”.
Para a equipa responsável pela gestão deste porto algarvio, que recorda que só tomou posse a 17 de outubro, é importante a solução para a “manutenção dos postos de trabalho”. Em causa estão 16 funcionários.
O Porto de Faro está sem movimento de carga desde junho devido à suspensão da atividade da fábrica da Cimpor em Loulé, que era o único cliente do porto algarvio, em resposta à contração do mercado da construção e à suspensão da importação de clínquer e cimento por parte da Argélia.
Segundo o relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) sobre o mercado portuário, a movimentação de mercadorias no Porto de Faro caiu 45% nos primeiros nove meses deste ano face ao período homólogo, queda que se continuará a agravar até ao final do ano.
O presidente da Câmara de Faro defendeu hoje a necessidade de se fazer um plano de reconversão do porto comercial da cidade e a construção de uma marina que dê ao porto a capacidade de captar embarcações turísticas, no âmbito de um projeto “compaginável com a ria Formosa”, zona húmida classificada como Reserva Natural.
“Neste momento, o porto está praticamente sem atividade devido à quebra na atividade do cimento por causa da diminuição das exportações para África. Há que arranjar alternativas para aquela área, que tem de ser reclassificada”, afirmou Rogério Bacalhau, manifestando “grande convicção” numa aposta na vertente marítimo-turística.
Por: Lusa