Criado de raiz, o programa do Festival Literário Internacional de Querença abre portas e janelas ao diálogo ente a Literatura e a Ilustração, tema da 3.ª edição do FLIQ - Festival Literário Internacional de Querença.
Entre 3 e 5 de Agosto a Fundação Manuel Viegas Guerreiro cumpre os objetivos que estiveram na génese da sua criação: promover sem restrições o gosto pela leitura e pela escrita; reforçar um ambiente literário estimulante na região, difundindo reflexões "glocais".
O Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes fará parte, dia 4, sábado, da homenagem a Gastão Cruz, o escritor algarvio vivo a ser distinguido na edição deste ano. O nome de Gastão Cruz (Faro, 1941) aparece ligado à Poesia 61 e a Os Cadernos do Meio-Dia (com direção de Casimiro de Brito e de António Ramos Rosa) e a traduções de Blake, Cocteau e Shakespeare. O poeta, crítico literário, encenador e tradutor recebeu o Prémio D. Dinis com “Crateras” (2000), o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com “Rua de Portugal” (2004) e o Correntes d'Escritas com “A Moeda do Tempo” (2009). Especialistas na sua poética, entre eles, António Carlos Cortez, que recebeu esta semana o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores, o ensaísta Fernando Cabral Martins, o tradutor e poeta espanhol Miguel Casado e a escritora Lídia Jorge também farão parte da homenagem.
O escritor Nuno Júdice integrará o painel Ilustração e Artes Plásticas, no dia 5, domingo, ao lado de Mário Avelar e Carlos Martins Jesus, antecedido de leituras por Luís Vicente, diretor artístico da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve. Também no domingo, a cartunista Rayma Suprani, venezuelana exilada em Miami na sequência de ameaças do governo de Hugo Chávez, colocará a tónica no desenho e no humor como formas de chamar a atenção para a liberdade de expressão, numa apresentação a solo. Uma conferência juntará na mesma mesa a cartunista belga Cécile Bertrand e os portugueses Cristina Sampaio (ilustradora) e Eduardo Salavisa (desenhador do quotidiano).
O primeiro dia assinalará o centenário do nascimento de Tóssan, com a realização de uma conferência, exposição documental e lançamento de livro sobre o ilustrador, pintor, decorador e gráfico.
Jovens imigrantes a residir no Algarve (do Nepal, Índia, Venezuela, República Dominicana, China, Cabo Verde, Guiné, entre outras nacionalidades), estarão presentes no primeiro dia do Festival, na ação Poética do Mundo, sob a égide da multiculturalidade, numa parceria com a Fundação António Aleixo (projeto “Loulé sem Fronteiras”).
O desenho digital pontuará a noite de sábado com o traço performativo de António Jorge Gonçalves em diálogo criativo e irrepetível com o piano de Filipe Raposo.
Guilherme d’Oliveira Martins, CEO da Fundação Calouste Gulbenkian e fã de BD encerrará o FLIQ’18.
Ao todo, o FLIQ’18 irá receber mais de 40 participantes convidados ao longo de três dias. São escritores, poetas, ensaístas, investigadores, professores, guionistas, ilustradores, desenhadores, performers, encenadores, atores, compositores, músicos, cantautores de várias nacionalidades que trarão o “seu mundo” para a aldeia de Querença.
Em permanência, decorrerá a Feira do Livro FLIQ, mostra de slides África e Querença: Património Cultural, exposições, diálogos e leituras de poesia, oficinas de ilustração, desenho e animação ao ar livre.
Mais sobre os autores em http://www.fundacao-mvg.pt/iniciativas/fliq-2018/autores-e-conferencistas-em-actualizacao.
Outros temas do Programa no separador Iniciativas/FLIQ 2018.
Por: Fundação MVG