Autarquia apresentou publicamente o estudo prévio elaborado para que esta obra de requalificação se prolongue até à rotunda de Vila Sol.
Num investimento superior a 800 mil euros, a Avenida do Atlântico nasce da requalificação na principal entrada de acesso aos núcleos urbanos de Quarteira e Vilamoura. Os trabalhos realizados levaram à criação de uma avenida urbana, infraestruturada, arborizada, ajardinada, iluminada, com um separador central verde, e que pretendeu valorizar o enquadramento paisagístico do local.
A criação de duas faixas automóveis no sentido Loulé-Quarteira, de uma faixa ciclável que permitirá “promover a mobilidade suave” e de passeios “generosos” para que as pessoas possam caminhar com conforto e segurança, bem como a plantação de mais de uma centena de novas árvores foram alguns dos pontos principais desta intervenção.
Esta obra vai ao encontro da filosofia que o executivo camarário pretende incutir nas intervenções no espaço público urbano e que passa pela valorização e preservação da sua qualidade ambiental, muito para além do cimento e ferro, como sublinhou o autarca. “Este executivo está apostado em gerir a coisa pública mas com uma matriz diferente. As coisas evoluíram e, hoje em dia, há valores que têm que ser pensados e levados à prática cada vez que uma obra pública é projetada. Por exemplo, no caso desta Avenida, salvaguardámos a maioria das árvores e foram plantadas três vezes mais do que as que tivemos de substituir”, sublinhou Vítor Aleixo.
Apesar de parte da requalificação deste troço da EN396 não estar ainda concluída, uma vez que o mesmo está sob a tutela das Infraestruturas de Portugal, foi apresentado nesse momento o estudo prévio elaborado pela Autarquia para a extensão da Avenida do Atlântico. “Esta estrada não é património municipal e é essa a razão pela qual a Avenida não tem uma extensão maior. Temos os meios e a vontade para o fazer”, considerou o autarca, lançando o repto ao Secretário de Estado para que aquele troço de estrada seja desclassificado e passe para a esfera municipal.
Guilherme d’Oliveira Martins referiu que está a ser feito um trabalho, em conjunto com as Estradas de Portugal e a Autarquia, tendo em vista a desclassificação deste troço. Essa situação poderá estar resolvida quando as obras na EN125 estiverem concluídas já que esta é uma das suas variantes.
O Secretário de Estado das Infraestruturas enfatizou o “relevante papel que a Avenida do Atlântico desempenha na acessibilidade dos núcleos urbanos de Quarteira e Vilamoura, dois dos principais polos que contribuem de forma decisiva para a valorização do turismo algarvio e para a promoção da economia regional”.
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Visivelmente satisfeito com mais esta intervenção na cidade, Telmo Pinto, presidente da Junta de Freguesia, considerou que esta Avenida “vem dar dignidade à entrada de Quarteira, não só por tratar-se de um projeto arquitetónico e visual mas por uma questão de mobilidade e acessibilidade”. Reportando-se à “excelência” desta freguesia e aos seus aspetos diferenciadores que atraem milhares de turistas, este responsável referiu que é necessário combater a sazonalidade, possibilitando que as pessoas se possam fixar aqui ao longo de todo o ano.
Por seu turno, Vítor Aleixo sublinhou a mudança da imagem da cidade ao longo dos últimos anos. Uma cidade que, nos anos 80 e 90, era tida como o exemplo para tudo o que era negativo no país mas que hoje “está totalmente renovada, é uma cidade ordenada, com qualidade e com uma população que se orgulha dela”.
Por: CML