Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, disse que a autarquia já acompanhava com preocupação o momento crítico que o INUAF vinha enfrentando.

“Lamento esse facto, até porque apoiámos sempre o INUAF desde o início. Foi um desígnio estratégico do município de Loulé ter também ele localizado no seu espaço uma escola de ensino superior”, referiu o governante, recordando as centenas de alunos algarvios e de todo o país que frequentaram aquele instituto.

O autarca disse que o encerramento vai ao encontro do panorama nacional que levou ao encerramento de outros estabelecimentos de ensino em todo o país, num período em que a austeridade e as dificuldades vividas pelas famílias limitaram a possibilidade de apoio aos jovens que pretendiam frequentar o ensino superior.

Até ao final deste ano, a direção do INUAF estima que rodos os alunos das licenciaturas e mestrados em curso completem a formação e obtenham a respetiva certificação.

O instituto alcançou o seu pico de alunos entre 2000 e 2001, altura em que tinha perto de mil alunos, tendo em determinado momento aberto um segundo espaço na cidade, que já foi desocupado.

“O impacto na cidade tem-se vindo a sentir praticamente desde que a universidade entrou num ciclo de lento declínio”, observou Vítor Aleixo, acrescentando que o fecho tem impacto social e económico ao nível, por exemplo, da restauração e do alojamento local.

O INUAF continua a funcionar no Convento Espírito Santo no centro da cidade de Loulé, edifício municipal que em 2017 já deverá abrir com nova função.

“Existem projetos para ocupar aquelas instalações, nomeadamente projetos que se prendem com um projeto ambicioso que a câmara tem neste momento em mãos e que procura desenvolver, na área do turismo criativo e do Centro de Artes e Ofícios”, adiantou Vítor Aleixo.

Por VA/Lusa