No entanto, para muitos, relocalizar-se aqui não se resume apenas a preencher os requisitos para obter um visto — trata-se de como o mercado imobiliário português se relaciona com o estilo de vida, a estabilidade e o valor futuro.
A jornada começa normalmente com uma visão: acordar com vista para o mar, passear por uma praça histórica ou receber a família numa villa espaçosa. Para reformados, nómadas digitais ou empreendedores, a decisão de se mudar começa muitas vezes com o imóvel. Este torna-se a âncora para mudanças de vida mais significativas, desde garantir a residência e o acesso a cuidados de saúde até criar um sentimento de pertença a uma nova comunidade.
O panorama dos vistos em 2025
Para compradores internacionais, os vistos continuam a ser o ponto de partida, mas cada um tem as suas próprias implicações imobiliárias:
Visto D7 (Rendimento Passivo) – Uma opção forte para reformados ou pessoas com pensões e rendimentos de investimentos. Não é necessário comprar um imóvel no Algarve, mas fazê-lo reforça o caso, provando laços de longo prazo. Uma moradia em Lagos ou um apartamento em Tavira podem demonstrar uma intenção genuína de se estabelecer.
Visto D8 para nómadas digitais – Concebido para profissionais com rendimentos remotos. Embora o visto seja concedido com base nos rendimentos, garantir um arrendamento ou comprar uma casa continua a ser importante. Muitos requerentes escolhem áreas com internet fiável, comunidades de expatriados animadas e casas disponíveis para venda em Portugal que se adequam às suas necessidades profissionais e de estilo de vida.
Golden Visa (revista) – Os imóveis já não são elegíveis, mas continuam a desempenhar um papel indireto. Por exemplo, combinar a compra de um imóvel em Carvoeiro com um investimento num fundo proporciona tanto uma base como um caminho para a residência.
Visto de Empreendedor D2 – Para fundadores de empresas e freelancers que estabelecem operações em Portugal. Embora o visto dependa do planeamento empresarial, a propriedade de um imóvel ligado ao empreendimento, como um escritório ou um imóvel para arrendamento, reforça a credibilidade.
Apesar das reformas, os imóveis continuam a ser fundamentais para a forma como os funcionários responsáveis pela emissão de vistos interpretam a intenção. Não se trata tanto de elegibilidade, mas sim de demonstrar compromisso.
Por que a propriedade ainda é importante
Mesmo com as mudanças nas regras, o mercado imobiliário continua a influenciar a relocalização de três maneiras poderosas:
Âncora do estilo de vida – Mudar-se para o estrangeiro não se resume apenas à burocracia; trata-se de como a vida quotidiana se desenrola. Lagos, por exemplo, oferece passeios pela marina, acesso a escolas internacionais e comunidades prósperas. Muitos recém-chegados começam a sua jornada procurando casas, vendo a propriedade como a base da sua história de relocalização.
Estabilidade do mercado – O Algarve continua a ser uma das regiões mais resilientes de Portugal. A procura nas cidades do Algarve Ocidental, como Tavira, tem sido constante, com compradores à procura de imóveis para venda em Tavira, graças ao seu charme, apelo cultural e sólido potencial de arrendamento.
Pedidos de residência – Embora não seja obrigatório, a propriedade ainda reforça os pedidos. Os funcionários responsáveis pelos vistos muitas vezes veem a propriedade – seja uma moradia ou uma casa de férias – como um sinal de intenção de permanecer no país.
A verdadeira conversa para os compradores
O encerramento da opção imobiliária Golden Visa teve um lado positivo: incentiva os compradores a olharem além da especulação de curto prazo e a pensarem cuidadosamente sobre o estilo de vida. A mudança não se resume mais apenas a se qualificar; trata-se de alinhar o local onde você mora com a forma como deseja viver.
Adequação à comunidade – Quer estar perto de escolas, resorts de golfe ou praias? Estes fatores muitas vezes influenciam as escolhas mais do que o retorno do investimento. Por exemplo, as famílias podem preferir Lagos, enquanto os reformados podem sentir-se mais atraídos por aldeias piscatórias mais tranquilas.
Momento certo – Com os preços dos imóveis a apresentarem um crescimento moderado e constante em 2025, este pode ser um dos momentos mais estáveis para entrar no mercado. Este equilíbrio reduz a volatilidade e dá aos compradores confiança no planeamento a longo prazo.
Dupla finalidade – Cada vez mais, os compradores procuram casas que cumpram várias funções. Por exemplo, os reformados podem comprar uma moradia para uso pessoal, mas também considerar o aluguer para férias em Portugal para gerar rendimentos adicionais durante parte do ano. Esta abordagem equilibra o conforto do estilo de vida com a sustentabilidade financeira.
Comparando o valor da relocalização
Para os compradores norte-americanos e europeus, Portugal continua a ser competitivo em comparação com os mercados internos. As moradias isoladas nas principais cidades canadianas costumam ultrapassar 1 milhão de dólares canadianos, enquanto os apartamentos nos centros costeiros dos EUA podem ser igualmente caros. Em contrapartida, a compra de um imóvel ou de um apartamento espaçoso em Lagos pode ser significativamente mais acessível. Acrescente-se a isso o custo mais baixo dos cuidados de saúde, restauração e serviços públicos em Portugal, e o argumento financeiro fica ainda mais forte.
O Algarve, em particular, oferece uma combinação única de acessibilidade e estilo de vida premium. Os compradores obtêm um melhor valor sem sacrificar a qualidade, quer optem por uma moradia contemporânea, uma moradia renovada ou uma casa de campo tradicional com carácter.
Conclusão
A mudança para Portugal já não se resume a «comprar para se qualificar». Em vez disso, trata-se de combinar vistos, estilo de vida e opções imobiliárias que funcionem a longo prazo. Para muitos, isso significa explorar casas à venda em Portugal, alinhando cuidadosamente as compras com as opções de residência.
A estratégia certa combina visão com praticidade: garantir o visto que corresponde ao seu rendimento ou planos de negócios, ao mesmo tempo que escolhe imóveis em locais como Lagos, Tavira ou Carvoeiro que garantam estabilidade, conforto e potencial retorno. Desta forma, o imobiliário continua a desempenhar um papel determinante — não como um atalho para obter um visto, mas como a base para construir uma vida sustentável e gratificante no Algarve.