“Os caminhos da recuperação da nossa economia têm passado pela recuperação da nossa credibilidade, da nossa reputação (…), manchada de uma forma clara quando chegámos à conclusão que só conseguíamos alimentar a vida pública com assistência financeira”, disse Pires de Lima, ao discursar no último dia dos trabalhos do Fórum Empresarial do Algarve, em Vilamoura.
Na opinião do governante, a reputação constituiu um passo importante no caminho na recuperação da confiança, com o cumprimento do programa da ajuda financeira.
Pires de Lima apontou ainda como caminho fundamental do crescimento económico em Portugal, o empreendedorismo “que está a viver uma vaga positiva, com 35 mil novas empresas criadas ao longo dos últimos 12 meses”.
“Esta onda de empreendedorismo a que o Estado se tem associado de forma privilegiada na fase de formação de financiamento das empresas até chegarem ao mercado, está ligada a empresas que trazem tecnologia e a indústrias mais tradicionais que hoje têm no Estado instrumentos de capitalização e de financiamento, através de crédito vocacionado para o apoio numa fase embrionária”, sublinhou.
Para Pires de Lima, o caminho da recuperação “passa definitivamente pela atração de investimento e pela capacidade de convencer capitais portugueses e internacionais, sendo o posicionamento de Portugal um espaço de entrada para a União Europeia e para construir pontes de negócio com a África e as américas”.
Na agenda das prioridades para atrair investimentos, o ministro da Economia apontou a simplificação fiscal “em curso ao nível do IRC, a simplificação fiscal ao nível das pequenas e muito pequenas empresas e de redução das taxas de IRC sobre os lucros”.
“É um sinal que começou em 2014 e que seguramente terá continuidade nos próximos anos. O Estado português oferece hoje um pacote completo aos investidores e potenciais investidores, é um pacote único e singular”, destacou.
Pires de Lima assegurou que o Governo tem empenhado “uma boa parte das suas capacidades, do tempo e da energia, a proteger os sinais positivos da recuperação económica e a salvaguardar a agenda que garanta a competitividade da economia”.
“A nossa luta pelo investimento vai continuar na definição das proposta de Orçamento do Estado para 2015”, concluiu.
Por: Lusa