Dada a hora da ocorrência não houveram testemunhas.
Segundo o relato de moradores e a documentação que enviaram para o IPMA, o tornado terá mantido o contacto com o solo numa extensão aproximada de 2000 metros e uma largura que alcançou até 150 metros nas áreas de maior destruição verificada. O fenómeno, de que não foi feita observação visual, deslocou-se numa direção de sudoeste para nordeste, de acordo com a propagação da nuvem-mãe, tendo ocorrido com grande probabilidade pelas 06:25 de dia 15, conforme a observação radar do documenta.
A destruição causada (em habitação, terrenos agrícolas e árvores ao longo de um trajeto de destruição deu origem a efeitos avaliados com intensidade F1 na escala de Fujita, correspondendo a intensidade T3 na escala TORRO, isto é rajada estimada na gama 42-51 m/s.
O IPMA deixa o seu agradecimento a Bruno Gonçalves, Eurico Gomes e Joni Iven, pelos elementos enviados e esclarecimentos prestados acerca deste episódio. A probabilidade de um tornado ser observado numa estação meteorológica é extremamente baixa. Embora se trate de um fenómeno que pode ter um forte impacto, é de muito pequena escala, sendo observado em áreas muito restritas. Só com a contribuição preciosa destes relatos é possível avaliar as características deste tipo de fenómeno, o impacto que tem no território e na população e as condições em que se forma.
Mapa (Google Earth 2020) com a estimativa do percurso do tornado, sendo assinalados pontos com maior destruição verificada e sentido de deslocamento do fenómeno (adaptado dos elementos enviados para o