O modelo híbrido de trabalho é aquele que melhor será capaz de satisfazer as necessidades de futuro. Ou seja, misturar o trabalho remoto e presencial será benéfico quer para quem prefira regressar ao escritório, quer para quem deseje continuar a querer desfrutar da possibilidade de teletrabalho. Com este regime, todos saem a ganhar, segundo um estudo desenvolvido por quatro investigadores do instituto Bruegel.
De acordo com o estudo “Misturar o presencial e o virtual: um modelo híbrido para o futuro do trabalho”, citado pelo jornal Público, se a generalidade dos trabalhadores adotar este modelo, ninguém fica em desvantagem. Isto porque se apenas alguns estiverem a trabalhar à distância, poderá surgir o chamado “dilema do prisioneiro”, ou seja, com receio de serem deixados para trás e prejudicados no desenvolvimento da carreira face aos colegas que trabalham no escritório, os trabalhadores vão optar por fazer menos teletrabalho que aquele que gostariam.
Para Monika Grzegorczyk, Mario Mariniello, Laura Nurski e Tom Schraepen – autores do estudo – o modelo híbrido junta o melhor dos dois mundos, mas admitem obstáculos que podem condicionar a exploração das potencialidades do teletrabalho no futuro. “O dilema do prisioneiro que incentiva os trabalhadores a estar no escritório é provável que volte a emergir”, referem, algo que pode ser explicado pela falta de confiança dos próprios empregadores, que receiam que o teletrabalho leve a uma redução da produtividade.
“Com as condições certas, combinar o aumento da oferta e da procura de empregos flexíveis pode levar a um novo equilíbrio económico onde o bem-estar geral é maior”, defendem. Segundo o Público, os autores do estudo defendem que um possível acordo europeu para o trabalho híbrido “não deve ter como objetivo determinar como deve ser a organização interna da empresa ou influenciar a escolha dos trabalhadores, mas facilitar a adoção de condições de trabalho flexíveis, garantindo níveis mínimos de proteção iguais para trabalhadores em regime presencial e em regime híbrido”.
Por: Idealista