O Grupo TAP fechou o final do terceiro trimestre de 2014 com uma perda de 63,3 milhões de euros, o que corresponde a um agravamento de 41,6 milhões em relação ao mesmo período de 2013.

Segundo o jornal Público, o negócio da aviação (TAP S.A.) foi o que apresentou um maior desvio, gerando 27,7 milhões de euros de prejuízo, face ao lucro positivo de 8,5 milhões de euros apresentados em 2013.

Além disso, a deficitária unidade de manutenção no Brasil acrescentou ainda outros 27,4 milhões de perdas ao resultado final durante o mesmo período, apesar da melhoria face ao ano anterior.

O relatório a que o jornal teve acesso demonstra ainda que a TAP apresentou uma derrapagem face aos valores orçamentados de 286,3%, dois meses antes do Governo ter relançado a sua privatização.

O mesmo documento demonstra que, apesar do aumento da procura, que levou a um crescimento do número de passageiros transportados, os preços caíram, reduzindo assim as receitas do grupo. Nomeadamente, a tarifa média no negócio da aviação, incluindo a TAP e a companhia regional PGA, caiu para os 189,14 euros, o que representa uma queda de 7,7% face ao período entre Janeiro e Setembro de 2013.

A juntar aos prejuízos da empresa estiveram também os cancelamentos e problemas técnicos durante o Verão, em que os custos com fornecimentos e serviços externos subiram 6,1% até Setembro do ano passado, aproximando-se dos 732 milhões de euros.

Um dos factores que mais contribuiu para esta derrapagem foi o acréscimo nas despesas relativas a “custos operacionais com voo e tráfego”, na ordem dos 27,8 milhões de euros, “na quase totalidade associado a irregularidades (fretamento de aviões e despesas com passageiros)”, revela ainda o mesmo relatório.

 

Por Publituris