O Município de São Brás de Alportel promoveu o I Encontro de Equipas do Projeto RADAR Social do Algarve, sob o tema «Radar Social: Refletir, aprender e avançar em rede».

Promovida pela equipa RADAR Social de São Brás de Alportel, a iniciativa reuniu, a 24 de setembro, no Museu do Traje de São Brás de Alportel, representantes de todos os concelhos algarvios num dia marcado pela partilha de experiências, reflexão conjunta e reforço do trabalho em rede.

O Radar Social é um projeto piloto, existente em vários municípios portugueses, que visa identificar e encaminhar pessoas ou famílias em situação de fragilidade social e vulnerabilidade para as respostas e serviços adequados.

As equipas do Radar Social deslocam-se ao terreno para avaliar as necessidades e fazer a ponte dos indivíduos aos recursos de proximidade, podendo a sinalização ser feita por qualquer cidadão, instituição ou pelo próprio indivíduo em causa. Importa recordar que este projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Na abertura, a vice-presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Marlene Guerreiro, destacou o impacto positivo do programa, afirmando que o RADAR Social é “um passo decisivo para continuarmos a afirmar São Brás de Alportel como concelho solidário” e atento, sublinhando ainda que o projeto tem ajudado a estreitar laços e a encontrar novas soluções junto da comunidade.

Também o representante da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Brandão Pires, lembrou os desafios enfrentados no terreno e reforçou que “programas como o RADAR Social são absolutamente necessários”, assegurando a disponibilidade da AMAL em apoiar a sua continuidade.

Por sua vez, Patrícia Neto Martins, da CCDR Algarve, destacou que “há muito trabalho a fazer em parceria” e que iniciativas como o RADAR Social são fundamentais no quadro do PO Algarve 2030.

Já Maria João Anjos, do Centro Distrital de Segurança Social de Faro do ISS, deixou uma reflexão ao afirmar que “enquanto as políticas se focarem mais nos números do que nas pessoas, não será possível chegar a todos”, chamando a atenção para a necessidade de manter o foco no impacto humano do trabalho social.

Ao longo de quatro painéis, moderados por responsáveis regionais e municipais, os técnicos do programa partilharam experiências e boas práticas dos diferentes territórios, evidenciando a importância de atuar em rede para responder de forma mais eficaz às necessidades sociais do Algarve.

O encontro terminou com uma mensagem clara: o RADAR Social é hoje um instrumento essencial de proximidade, diagnóstico e intervenção, contribuindo para políticas públicas mais ajustadas, para a coesão social e para um Algarve mais solidário e atento às pessoas.

 

CM de São Brás de Alportel