Com o nobre propósito de preservar e promover a doçaria tradicional portuguesa, o Banco de Tempo de Quarteira, em parceria com a Junta de Freguesia de Quarteira e a Câmara Municipal de Loulé, organizou no dia 12 de dezembro, com grande sucesso, o seu 2.º Concurso de Arroz-Doce. O evento, que contou com a honrosa presença do presidente da Junta de Freguesia, João Romão, e da sua colega Verónica Martins, transformou a Rua Vasco da Gama num ponto de encontro comunitário, animado por um público entusiasta. A apresentação, a cargo da multifacetada Selma Ferreira, foi abrilhantada pela preciosa colaboração de alunos do Curso Profissional de Restaurante/Bar do Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres, cujo empenho e energia foram amplamente reconhecidos.
O coração do concurso bateu em torno da degustação e apreciação. Catorze receitas, todas elas confecionadas por particulares de Quarteira, foram cuidadosamente avaliadas por um júri especializado em três critérios fundamentais: a apresentação, o sabor e a textura. Os três pratos mais bem classificados foram distinguidos com cabazes de produtos natalícios, num gesto que premiou o talento e manteve viva a chama da doçaria tradicional, com Rosa Rocha a conquistar o primeiro prémio. Enquanto os jurados deliberavam, o público presente foi presenteado com momentos de grande beleza musical, proporcionados pelas atuações do Grupo Coral de Quarteira e da Tuna da Academia do Saber, criando uma atmosfera verdadeiramente festiva e natalícia.
A coordenadora do Banco de Tempo de Quarteira, Isabel Pinto, dirigiu-se aos presentes com um sentido apelo a uma maior participação nas próximas edições e à preservação das tradições, enaltecendo a importância de iniciativas que fortalecem o tecido social e dão visibilidade ao que de melhor a comunidade tem para oferecer. “Honrar as nossas tradições é mostrar quem somos”, afirmou, sublinhando que o valor da participação ultrapassa em muito qualquer prémio material. Esta iniciativa exemplar, muito mais que um concurso de receitas, foi sobretudo uma poderosa demonstração do espírito comunitário de Quarteira. Serviu como um palco para valorizar o talento local, para incentivar o comércio da região e, acima de tudo, para reunir pessoas em torno de um símbolo doce da cultura portuguesa, reforçando os laços que unem a comunidade nesta época especial.
Jorge Matos Dias
