A iniciativa reuniu cerca de 100 fiéis de diferentes paróquias da região na igreja da Penina e foi conduzida pelo padre Nelson Rodrigues, com o objetivo de implementar equipas paroquiais de acolhimento.

Para concretizar uma necessidade sentida e que tem vindo a ser refletida nas suas reuniões de clero, a Região Pastoral do Barlavento da Diocese do Algarve promoveu, no passado dia 8 de maio, uma ação de formação dedicada à Pastoral do Acolhimento.

O encontro teve lugar na Igreja da Penina, em Alvor, e contou com a participação de cerca de uma centena de fiéis provenientes das diversas paróquias da região. A iniciativa, orientada pelo padre Nelson Rodrigues, surgiu de uma decisão conjunta do clero local, com o objetivo de implementar equipas paroquiais de acolhimento.

A sessão teve início com a intervenção do vigário episcopal da região, cónego Mário de Sousa, que apresentou a motivação da iniciativa. O sacerdote destacou a importância das comunidades desenvolverem a espiritualidade e a pastoral do acolhimento, especialmente o crescente número de imigrantes nas comunidades paroquiais. Frisou ainda que é fundamental que as paróquias sejam espaços onde todos se sintam verdadeiramente bem-vindos e que os imigrantes sintam como casa que é também sua.

Na conferência principal da formação, o padre Nelson Rodrigues enfatizou que “a Pastoral do Acolhimento não é um adorno da vida da Igreja, mas está no centro da sua missão”. Defendeu também que “a paróquia deve ser mais família do que instituição”, sublinhando a importância de um espírito comunitário de proximidade entre os fiéis.

Durante a sua exposição, o sacerdote apresentou os fundamentos bíblicos que sustentam a Pastoral do Acolhimento e exemplos práticos da sua implementação na vida paroquial. “Acolher é evangelizar com um gesto”, exemplificou, evidenciando que um simples ato de boas-vindas já transmite a mensagem cristã antes mesmo de qualquer palavra.

O conferencista realçou ainda a forte dimensão espiritual da missão do acolhedor. “Acolher como Cristo acolhe é tornar a comunidade um reflexo do próprio Evangelho”, acrescentou, sublinhando que o acolhimento, mais do que uma ação organizativa, é expressão do amor de Deus no seio da comunidade. Por fim, o padre Nelson Rodrigues apresentou uma série de aspetos práticos a ter em conta.

No encerramento do encontro, o cónego Mário de Sousa exortou os participantes a reunirem-se nas suas comunidades, para refletir sobre a melhor maneira de colocar em prática, de forma concreta e adaptada à realidade própria, as orientações recebidas.

 

Folha do Domingo