“Lisboa é a única capital europeia virada para o Atlântico, tem um estuário absolutamente excecional e por isso temos tudo a ganhar em aproveitá-lo, em dá-lo a conhecer e em criar cada vez mais esta proximidade grande entre o rio, o mar, o estuário e a própria cidade”, afirmou Assunção Cristas no lançamento do primeiro iate de turismo que vai percorrer o Tejo a partir de hoje.
A embarcação, desenhada e construída em Portugal, vai servir para empresas e grupos que pretendam fazer eventos em roteiros pelo rio Tejo e “oferecer visitas de qualidade no Tejo”, já que os turistas ficam habitualmente “pela cidade e pelas zonas circundantes”.
O projeto, que conta com um investimento de 720 mil euros dos quais 468 mil atribuídos pelo QREN é para a ministra da Agricultura “um excelente exemplo” de economia do mar em Portugal.
“Estamos a falar de um projeto que tem 'design' português, que tem projeto português e que tem construção naval portuguesa, foi totalmente elaborado nos estaleiros de Vila Real de Santo António. Isto significa que temos um valor acrescentado nacional extraordinário”, sublinhou.
Para Assunção Cristas – que visitou o projeto acompanhada do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes -, esta nova atividade “insere-se que no plano nacional de turismo, quer na estratégia nacional do mar”, áreas que, em complemento com a construção naval, são “muitíssimo importantes” e nas quais o país “tem cartas para dar”.
Sublinhando que a embarcação tem a particularidade “de ter sido concebida, desenhada e construída” em Portugal, Assunção Cristas referiu que isso pode contar como uma mais-valia para o turismo.
“Isso depois explicado aos turistas que depois o poderão aproveitar e usufruir é positivo porque é sinal que temos um país a reforçar a sua economia do mar e a sua identidade marítima”, concluiu.
Produzido pelo grupo Water X, o projeto constitui aquilo que o presidente executivo, João Meunier de Mendonça, descreveu como “um catamaran estilo Caraíbas e um iate privado” e visa servir as empresas e os particulares das classes média e alta que ali queiram organizar eventos, mas sobretudo os estrangeiros.
“Com este projeto, pretendemos dar um salto, fazer um virar de página naquilo que é o turismo náutico na cidade, criar um ‘venue’ de excelência em que as empresas e os grupos – que a nível empresarial quer a nível particular – possam executar os seus eventos”, explicou.
A intenção, acrescentou João Meunier de Mendonça, é conseguir “devolver o rio à cidade”.
“Aquilo que tem acontecido é que quem nos visita fica pela cidade, visita as cidades circundantes mas não conhece o rio porque não havia oferta de qualidade para o fazer”, adiantou o responsável, acrescentando que, a partir de agora, os visitantes poderão “fazer eventos muito mais variados, desde um simples passeio até um jantar a bordo, um casamento ou uma festa de aniversário”.
Por: Lusa