A Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna assegurou hoje que todos os serviços de segurança e informações portugueses estão «a trabalhar em rede e em completa articulação», acompanhando os acontecimentos ocorridos em Paris.

Contactada pela agência Lusa, Helena Fazenda esclareceu que, apesar da atenção existente nas forças de segurança portuguesas e do reforço da vigilância em algumas embaixadas e aeroportos, não há factos que justifiquem, de momento, a introdução de medidas excecionais ou uma subida do nível de alerta.

A responsável do Sistema de Segurança Interna referiu que, após os atentados de Paris, as "informações no seu conjunto são muito difusas" e que há que ter "todo o cuidado" em lidar com o "alarme", pelo que a "serenidade" e a "racionalidade" devem imperar.

Entretanto, na madrugada de hoje, a PSP reforçou a segurança das embaixadas de França, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha na capital portuguesa, bem como nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, conforme disse à Lusa fonte policial.

O porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa, comissário Rui Costa, adiantou que o reforço da segurança em torno dos aeroportos e de embaixadas foi feito por iniciativa da PSP durante a madrugada de hoje, após os atentados ocorridos em Paris que causaram pelo menos 127 mortos.

Na prática, explicou, houve um aumento do número de efetivos destacadas para estes locais, permitindo um reforço das ações de vigilância.

Pelo menos 127 pessoas morreram e 180 ficaram feridas, 80 dos quais em estado crítico, em diversos atentados em Paris, na sexta-feira à noite, segundo fontes policiais francesas.

Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo as mesmas fontes.

Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

 

Por: Lusa