As obras da primeira fase do luxuoso Ombria Resort, um empreendimento com 153 hectares localizado perto de Loulé, no Algarve, arrancaram no final do ano passado. A abertura, no início de 2022, do hotel e das Viceroy Residences “será um marco importante para o setor imobiliário e hoteleiro em Portugal”, dizia-nos, em janeiro, Julio Delgado, CEO do Ombria Resort. Agora, em plena pandemia de novo coronavírus, o responsável mantém-se confiante quanto ao sucesso do projeto: “Desde há uns dias, temos vindo a sentir um aumento do interesse por parte de potenciais clientes”.
Segundo Julio Delgado, “o plano de construção continua como previsto antes do início da pandemia”. “Mantemos os nossos planos de construção porque acreditamos que o imobiliário de segmento alto conseguirá retomar o crescimento rapidamente quando o mercado recuperar”, acrescenta, salientando que “neste momento estão a trabalhar cerca de 150 pessoas na empreitada da primeira fase”.
E será que está previsto haver, devido à Covid-19, algum reajuste no valor do investimento total previsto pelo grupo PONTOS para a concretização do projeto, que ascende a 260 milhões de euros? “Não prevemos fazer nenhum reajuste, mas iremos naturalmente acompanhar a situação à medida que ela se desenvolve”, conta.
Que impacto está a ter a pandemia do novo coronavírus nos planos de construção do Ombria Resort?
Queremos contribuir para o desenvolvimento do país e ajudar a economia particularmente do interior do concelho de Loulé onde se insere o Ombria Resort. Este é um projeto muito importante para o nosso proprietário finlandês, o Grupo Pontos, por ter tantas valências para a comunidade em que se insere e por ser um resort de segmento alto sustentável e de nova geração, por isso o nosso plano de construção continua como previsto antes do início da pandemia.
Na conjuntura atual, acredito que o facto do Ombria Resort ser um projeto sustentável com uma densidade de construção baixíssima e estar localizado em pleno barrocal algarvio, numa zona de densidade populacional muito reduzida, seja um fator de diferenciação muito grande. Penso que, no futuro, haverá cada vez mais procura por destinos sustentáveis e seguros, este último atributo não só do ponto de vista do Índice Global da Paz, onde Portugal está classificado no top 3 mundial, mas também do ponto de vista de segurança sanitária, onde Portugal também já deu provas de saber e estar bem equipado para lidar com pandemias como esta.
Por estas razões, mantemos os nossos planos de construção porque acreditamos que o imobiliário de segmento alto conseguirá retomar o crescimento rapidamente quando o mercado recuperar, principalmente se forem relançados os instrumentos de incentivo ao investimento direto estrangeiro (como por exemplo o Golden Visa).
As obras continuam de forma normal? O que mudou? Quantas pessoas estão atualmente a trabalhar na empreitada?
As obras estão a decorrer a um ritmo quase normal, mas naturalmente implementámos todas as recomendações da DGS. A nossa maior preocupação é garantir a segurança de todos os trabalhadores.
De referir que o Ombria Resort se estende por 153 hectares no barrocal algarvio e a densidade total de construção do empreendimento é extremamente baixa – aproximadamente 3,5% – o que, quando comparado com projetos semelhantes, faz com que seja um dos resorts com densidade de construção mais baixas da Europa. Neste momento estão a trabalhar cerca de 150 pessoas na empreitada da primeira fase ou, por outras palavras, são 150 empregos indiretos proporcionados pelo projeto.
O prazo de abertura para 2022, da primeira fase de construção, mantém-se inalterado?
A nível da construção da primeira fase do Ombria Resort, ela decorre como estava previsto e mantemos o nosso total empenho relativamente à data prevista para a conclusão da primeira fase, no início de 2022.
Esta primeira fase do projeto inclui o hotel de 5 estrelas Viceroy at Ombria Resort (com os seus seis restaurantes, piscinas, Spa, ginásio, kids club) e 65 apartamentos turísticos (as Viceroy Residences), o Centro de Conferências, o campo de golfe de 18 buracos, e ainda as Alcedo Villas – um conjunto de 12 moradias isoladas – e o Oriole Village, um empreendimento turístico de 83 apartamentos e moradias.
O valor do investimento total do grupo PONTOS para a concretização do projeto ascende a 260 milhões de euros até 2030: 100 milhões na primeira fase e 160 milhões nas seguintes. Haverá algum reajuste nestes números por causa da pandemia?
Não prevemos fazer nenhum reajuste, mas iremos naturalmente acompanhar a situação à medida que ela se desenvolve.
Como referi anteriormente, queremos contribuir para o desenvolvimento e ajudar a economia do interior do Algarve onde se insere o Ombria Resort. Este é um projeto com características únicas em Portugal e por isso acreditamos muito no seu sucesso.
O interesse por parte de potenciais clientes no Ombria Resort perdeu fulgor na sequência da atual crise ou continuam a ter manifestações de interesse? Quem são, atualmente, os potenciais interessados?
No final de março e início de abril, sentimos uma redução no número de pedidos de informação e, naturalmente, nesta fase é mais difícil concluir negócios, pois mesmo vendendo em planta, a maioria dos potenciais interessados gostam de realizar pelo menos uma visita à obra, o que é difícil fazer de momento, devido ao Estado de Emergência. No entanto, desde há uns dias, temos vindo a sentir um aumento do interesse por parte de potenciais interessados.
Desde o início da comercialização, em dezembro de 2019, vendemos cerca de um quarto das 65 Viceroy Residences. Quanto às nacionalidades dos potenciais interessados, são bastante variadas, entre as quais se contam holandeses, belgas, britânicos, irlandeses, sul-africanos, canadianos, brasileiros e portugueses, entre outros.
Os pedidos de informação vêm maioritariamente de investidores imobiliários que procuram um produto com um elevado potencial de rendimento e de valorização. Ora, as Viceroy Residences são apartamentos integrados num hotel de 5 estrelas gerido pela marca de luxo Viceroy Hotels & Resorts, que assegura todos os aspetos da gestão de propriedade e dos arrendamentos quando não estão em uso pelo proprietário. Durante os primeiros cinco anos da operação, o proprietário recebe 5% de retorno anual garantido sobre o valor do investimento, calculado sobre o preço do apartamento.
Com o stand de vendas encerrado, a aposta agora passa pela digitalização e por campanhas online? De que forma estão a captar clientes neste atual contexto?
O nosso stand de vendas está encerrado, mas a nossa equipa comercial, que está a trabalhar a partir de casa, dá resposta aos pedidos de informação por email, telefone ou através de videoconferências. A nossa app digital, através da qual é possível fazer visitas virtuais e assim conhecer em pormenor os nossos imóveis, também tem contribuído para cativar o interesse de vários potenciais clientes.
Nesta fase, focámos o nosso investimento de marketing nas campanhas online e redes sociais. Todos os imóveis que temos em comercialização são vendidos em planta, pelo que, já antes da declaração de Estado de Emergência, utilizávamos muito os canais online para captar novos clientes.
Por: Idealista