Na noite de 12 de dezembro, o Restaurante Tintin em Quarteira foi palco de uma verdadeira magia natalícia.

Mais do que um jantar, foi um encontro de corações, impulsionado por um grupo de mulheres cujas mãos tecem solidariedade. Lideradas por Lurdes Rafael e Vanda Gil, e com o apoio de Noélia Lourenço, Clotilde de Sousa e Joaquina Valente, estas mulheres dedicam-se, ao longo do ano, a aquecer os primeiros dias de vida. Com agulhas de croché e fios de todo o tipo, criam manualmente polvinhos, gorros e botinhas cheios de cor e ternura, oferecidos aos bebés prematuros do Hospital de Faro. Mas o Natal é tempo de estender o calor a todos.

Por isso, nesta noite especial, o objetivo era outro: acarinhar os mais velhos. Vanda Gil, com o coração nas palavras, explicou o propósito: “Este jantar tem duas almas. A primeira, angariar fundos para confecionarmos peças quentinhas para adultos, como estas que aqui estão. A segunda, e mais importante, é sentirmo-nos juntos, numa corrente de afeto. Nós damos o nosso trabalho e a nossa vontade. Vocês, ao participarem, ao contribuírem com uma moedinha ou ao levarem um destes artesanatos, dão-nos o vosso amor e carinho. É essa mistura que faz a magia acontecer e que nos permite continuar”. E a magia aconteceu. O serão transformou-se numa celebração da vida, com o baile animado por Rui Jacinto (Ruka) a aquecer os passos, e as vozes espontâneas de Rosário Oliveira e Vítor Rafael a encherem o salão de fados e cantigas que falavam de união.

Esta história não terminou com o último acorde da noite. A corrente de solidariedade precisa de mais elos. Se este gesto de amor aquecer o seu coração, você também pode fazer parte:

• Adquirindo uma das peças artesanais únicas, feitas com dedicação.

• Contribuindo com um donativo direto para a compra de materiais.

• Divulgando e participando nas próximas iniciativas.

Para juntar a sua energia a este movimento, pode contactar Vanda Gil ou Lurdes Rafael. Este Natal deixe-se inspirar. Porque por detrás de cada ponto de croché está um fio de esperança e, na partilha de uma simples noite, constrói-se um mundo mais terno.

 

Jorge Matos Dias