Nomes e números – A Antroponímica é o estudo dos nomes e apelidos e está muito relacionada com a Genealogia, quer familiar, quer de determinada comunidade …
Segundo o “Expresso nº 2731”, os 10 apelidos mais comuns em Portugal são – Silva (8%), Santos (5%), Ferreira (4,1%), Pereira (4%), Costa (3,3%), Oliveira (3,2%), Rodrigues (3,1%), Fernandes (2,9%), Sousa (2,6%) e Martins (2,6%).
No Algarve, qual a representatividade destes 10 apelidos, num universo de 992 indivíduos do século XVI – Silva é o 33º mais comum (0,7%), Santos 27º (0,8%), Ferreira (0), Pereira 23º (0,9%), Costa 9º (2,8%), Oliveira (0), Rodrigues 2º (8,5%), Fernandes 7º (3,5%), Sousa 6º (3,6%) e Martins 3º (8,1%) …
Segundo a mesma fonte, ordenaram-se também os 10 apelidos mais comuns no Algarve – Gonçalves (8,9%), Rodrigues (8,5%), Martins (8,1%), Viegas (3,9%), Sousa (3,6%), Dias (3,6%), Fernandes (3,5%), Guerreiro (2,8%), Costa (2,8%) e Mendes (2,6%) …
Pelos vistos, apenas metade dos apelidos se repetem nos 2 grupos dos 10 apelidos mais comuns de Portugal e do Algarve - Costa, Rodrigues, Fernandes, Sousa e Martins. Ferreira e Oliveira deixam de ter representatividade no Algarve e Silva, o mais comum em Portugal, reduz-se no Algarve de 8% para 0,7%.
Entre o grupo dos 10 apelidos de Portugal, 4 são patronímicos (Santos, Rodrigues, Fernandes e Martins) e os restantes topónimos.
Quanto ao grupo dos 10 do Algarve, 2 são topónimos (Sousa e Costa), 1 de profissão (Guerreiro) e os restantes patronímicos.
No “Garbe”, a Antroponímica mudou após a “Reconquista” (1249). Pelos patronímicos se pode deduzir que Mafomede, Azemede ou Ali, pelo batismo, se passaram a chamar de Gonçalo, Rodrigo, Martim, Diogo, Fernando, Mendo ou Viegas – de ben (filho de) Egas.
Os topónimos – Sousa, de família fundadora de Portucal que adotou por apelido um afluente do Douro e Costa, de Quinta em Amarante, são indicadores da colonização pós “Reconquista”.
Guerreiro – de Bartolomé, refugiado da Guerra de Sucessão Castelhana (1475-1479), que veio para Almodôvar …