O autarca anunciou em 04 de abril a suspensão do mandato para integrar as listas do PS às legislativas, referindo logo na altura que, independentemente do resultado das eleições, regressaria ao município para terminar o mandato.
Em comunicado divulgado quando suspendeu o mandato, Vítor Guerreiro garantiu que o compromisso assumido com os munícipes seria sempre a sua prioridade e que só aceitou o convite com a condição de que, “caso fosse eleito, apenas assumiria um novo cargo posteriormente”.
Vítor Guerreiro está no terceiro e último mandato à frente do município e durante este período foi substituído pela vereadora Marlene Guerreiro na presidência da Câmara de São Brás de Alportel, uma das 16 que compõem o distrito de Faro.
Caso tivesse sido eleito para a Assembleia da República, Vítor Guerreiro teria abdicado “temporariamente desse novo cargo” para retomar as funções de presidente de Câmara até ao final do mandato, que termina após as eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro.
O Chega consolidou nas eleições legislativas de domingo a posição de liderança no distrito de Faro, alcançando 33,90% dos votos, enquanto a AD (PSD/CDS-PP) subiu ao segundo lugar, com 25,74%, ultrapassando o PS, que obteve 20,51%.
Se nas eleições de 2024 estes três partidos tinham dividido entre si os nove deputados eleitos pelo círculo de Faro, com três para cada um, desta vez o Chega conquistou quatro mandatos, a AD manteve os mesmos três e o PS perdeu um.
Os nove deputados eleitos pelo distrito de Faro são: Pedro Pinto, João Graça, Sandra Ribeiro e António Moreira, pelo Chega, Maria da Graça Carvalho, Cristóvão Norte e Bárbara Correia, pela AD, e Jamila Madeira e Jorge Botelho, pelo PS.
Lusa