Nelson Ndongala e Bruno Mateus Cia. de Artes Luzes ao Palco (Lubango/Angola)
SINOPSE: Retrata as peripécias de uma Angola ensanguentada pósindependência. Depois de mais de 500 anos de escravidão um novo capítulo de um livro atroz foi desfolhado sem aviso prévio com consequências devastadoras de um povo sofrido que renascia das cinzas coloniais. Na sequência do derrube da ditadura em Portugal abriram-se perspetivas imediatas para a independência de Angola. O novo governo revolucionário português abriu negociações com os três principais movimentos de libertação. Muito antes do Dia da Independência, a 11 de novembro de 1975, já os três grupos nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo controle do país, e em particular da capital, Luanda. Cada um deles era na altura apoiado por potências estrangeiras, dando ao conflito uma dimensão internacional. A guerra devastou a infraestrutura de Angola e danificou gravemente a administração pública, a economia e as instituições religiosas do país. A Guerra Civil Angolana foi notável devido à combinação da dinâmica interna violenta e ao grau excecional de envolvimento militar e político estrangeira. Sem contar com as almas inocentes que perderam suas vidas no solo desta pátria. A independência de Angola não foi início da paz, mas início de um novo capítulo de um livro manchado de impressões digitais avermelhadas. Que viera a terminar em 2002, quando a 4 de abril protocolarmente se assinava os acordos da plena paz. Viva Angola.
FICHA DO ESPETÁCULO: Direção Geral: Faustino Gongas | Dramaturgia: Nelson Ndongala, Bruno Mateus e Osvaldo Clemente. | Encenação: Nelson Ndongala | Assessoria artística: João de Mello Alvim (folha de medronho/Portugal) | Direção Artística e Cenografia: Alexandre Afonso e Elias Alberto | Iluminação: Nelson Ndongala | Sonoplastia: Nelson Ndongala | Elenco: Gemima Zeferino – Personagem: Soldado | Alexandre Afonso – Personagem: Guerra/Bala e Ancião | Edna Mateia - Personagem: Mãe Ngola
O Coletivo de Artes Luzes ao Palco foi formado em 2007, Na cidade do Lubango, província da Huíla, por elementos provenientes do grupo teatral Enviados de Cristo da Segunda Igreja Evangélica Baptista do Lubango. Anastácio Nunes, Luzolo Maurício, e Nelson António Ndongala e mais outros atores ou seja 70% desse grupo Enviados de Cristo, decidiram abrir um grupo fora das lides religiosas, mas com os mesmos princípios, objetivos e natureza cristã, a fim de dar prosseguimento as artes cénicas e a mensagem salvífica e moral para além das quatros paredes.
E foi então que surge o grupo teatral Luzes ao Palco em 28 de julho de 2007, com a realização de uma Assembleia ao livre neste mesmo dia, onde foi apresentado e aprovado em unânime o regulamento e o seu estatuto interno. O grupo já participou em vários festivais dentro da província e fora da mesma, tais como:
Festival Provincial de Teatro - todos os anos (Huíla); Festival Nacional de Teatro Efe - tikilo - Em Janeiro de 2014, 2015 e 2023;(Huambo); Festival Nacional de Teatro da Paz – FESTEAPAZ - Em Abril de 2014 e 2015 (Luanda) /Prémio grupo Revelação; Festival Internacional de Teatro - FESTECA- Em Julho de 2014 e 2023 (Luanda); Festival de te - atro Mabiba, Uige em 2015- prémio de melhor espetáculo; Festival de teatro Vozes da África-Huambo, 2013 e 2014; Festival de teatro co lacerna em 2015- Namibe; Festival de teatro de Menongue- FESTEM-2015; Festival de Teatro do Sumbe-Festeasumbe-2014 e 2015; Festival de teatro co lacerna em 2020- Namibe/melhor obra teatral, melhor atriz e melhor ator; festeOlombangui – Bié – 2023; Festival de Teatro Nossa Senhora do Monte – Huíla- 2024 Vencedor com 4 prémios nomeadamente: Melhor Espetáculo, Espetáculo do Publico, Melhor Atriz e Melhor Cenografia; Amostra Nacional de Teatro – Uíge – 2024; Prémio Nacional de Teatro de Duplas – Luanda- 2022 e 2024 vencedor de Melhor Cenografia.
Folha de Medronho