De acordo com os dados de julho do INE, o café, a carne e os laticínios também pesam no bolso, com aumentos acima dos 3% desde janeiro.

Os preços dos alimentos voltaram a acelerar em 2025, com frutas, café e carne a liderarem as subidas desde o início do ano. Os bens alimentares registaram uma valorização média superior a 4% desde janeiro, com impacto direto no bolso das famílias portuguesas.

De acordo com os dados finais da inflação de julho divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as frutas destacam-se com uma subida de 15,8% nos primeiros sete meses do ano, devido a ondas de calor e secas prolongadas que afetaram colheitas em Portugal e em países fornecedores como Espanha, Brasil e Estados Unidos. 

O café também disparou 5,7%, com a quebra de produção no Brasil a pressionar os preços globais. A carne registou um aumento de 3,7%, especialmente a bovina, influenciada pela procura dos Estados Unidos e antecipação das tarifas impostas por Donald Trump, em vigor desde o início de agosto, o que contribuiu para agravar a pressão sobre os mercados globais.

Já os laticínios e os ovos registaram aumentos mais moderados, de 2,4% face a janeiro, mas ainda assim expressivos. O encarecimento deve-se à procura crescente nos mercados asiáticos, conjugada com a redução dos "stocks" disponíveis para exportação dentro da União Europeia, um fator que acentuou a subida de preços.

 

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