Esta iniciativa, que decorrerá no Armazém Regimental de Lagos (Praça do Infante), é um projeto de promoção e divulgação da Música Antiga no Barlavento Algarvio, organizado pela Academia de Música de Lagos, sob a direção artística de Elsa Santos Mathei.
Esta terceira edição é dedicada aos grandes centros musicais da Europa latina, iniciando a sua viagem na Itália de Monteverdi, músico revolucionário que marcou a transição da Renascença para o Barroco, e terminando em Portugal, com um programa recheado de músicos oriundos de vários pontos europeus, marcando um paralelo com a atualidade emigratória jovem. O Renascimento Português marca a sua posição com “El Lusitano” – Mito Sebastianista, dedicado à figura de D. Sebastião, que tão ligado está à cidade de Lagos.
Programa
Dia 03 | O Ensemble Vox Antiqua homenageará o canto, com “Monteverdi, (in)cantato”. O charme encantado da música de Monteverdi é aqui abordado por duas vozes acompanhadas pela teorba e viola da gamba, que retratam a simbiose perfeita entre linha melódica e baixo contínuo.
Dia 10 | O Ensemble Armilar realizará um percurso pela música do Barroco Francês - “La Chambre de Musique” - do final do séc. XVII, inícios XVIII, onde far-se-á representar por três dos mais apreciados instrumentos na época nesse país: o traverso, a viola gamba e o cravo.
Dia 17 | O Ensemble Voce Humana / Ars Lusitana apresentará “O Lusitano: O Mito Sebastianista nas origens da Saudade como Identidade Portuguesa”. As formas líricas renascentistas apresentadas são o ponto de origem de um mais tardio género musical tradicional português: Fado (destino).
Dia 24 | O Ensemble Aliseos apresentará “A Nova Música de Câmara de Boccherini”. A chegada a Espanha de Luigi Boccherini depois de ser reconhecido e aclamado como grande virtuoso do violoncelo marcou um ponto de viragem na estética e qualidade musical não só Peninsular mas também Europeia.
Dia 31 | O Ensemble Ars Ibérica apresentará “Música para Flauta no Tempo de D. Maria I”. O mote para este concerto é a música para flauta no tempo de D. Maria I (Lisboa, 1734 – Rio de Janeiro, 1816), em particular as últimas décadas de setecentos.
Por CM Lagos
