Que características fazem, então, com que um imóvel seja mais valioso que outro, isto tendo em conta que os valores da avaliação bancária estão em máximos históricos? Localização e idade do imóvel são alguns desses fatores.
“As avaliações resultam do mercado onde se inserem os imóveis. Características relacionadas com a localização (proximidade a transportes públicos, rede viária, existência de estacionamento, proximidade às zonas com maior equipamento público, proximidade ao rio, vista, etc.), estado de conservação, tipo de acabamentos e idade do imóvel são algumas características que afetam o valor de um imóvel residencial, entre muitas outras”, explica ao idealista/news, Paulo Barros Trindade, presidente da Associação Profissional das Sociedades de Avaliação (ASAVAL).
Segundo o responsável, que considera que “a profissão de perito avaliador está sujeita a elevada pressão”, as medidas que o Banco de Portugal tem aplicado junto do setor financeiro, no âmbito do crédito à habitação, “são as adequadas para evitar situações como as que ocorreram no passado”, a nível de incumprimento das famílias e altas cargas de malparado para a banca.
E será que pelo facto dos preços das casas estarem também a subir – tal como os valores da avaliação bancária – estamos perante uma bolha imobiliária? “Não. O mercado está a funcionar com normalidade e os preços resultam diretamente da relação oferta/procura”, conta.
"Os requisitos educacionais mínimos [para se ser perito avaliador de imóveis] são uma licenciatura numa área relevante para a avaliação imobiliária, como engenharia, arquitetura, economia ou gestão e uma pós-graduação em avaliação imobiliária"
Paulo Barros Trindade, presidente da ASAVAL
Ainda sobre a profissão de perito avaliador de imóveis, e quando questionado sobre quais são os requisitos necessários para exercer tal função, o líder da ASAVAL responde de forma perentória: “Os requisitos educacionais mínimos são uma licenciatura numa área relevante para a avaliação imobiliária, como engenharia, arquitetura, economia ou gestão e uma pós-graduação em avaliação imobiliária".
Mas Barros Trindade destaca que isso não basta se um avaliador pretende progredir na carreira. "A experiência e a formação contínua permitem aos peritos avaliadores iniciarem a sua atividade em imóveis mais simples, como por exemplo os do setor residencial, e depois evoluírem para imóveis mais complexos que requerem conhecimentos mais especializados”.
Por: Idealista