No cartaz divulgado nas redes sociais, pode ler-se que o objetivo é mostrar a «união pela escola pública». O «cordão humano» vai juntar docentes, não docentes, pais e alunos.
De recordar que a greve de professores por distritos começou no passado dia 16 de janeiro e prolonga-se por 18 dias.
Depois de Lisboa, hoje, dia 17 de janeiro, foi dia de greve em Aveiro, seguindo-se Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, terminando no Porto a 08 de fevereiro.
Os professores mostram-se contra as propostas de alterações ao modelo de concurso de colocação. O Governo pretende criar um novo modelo de gestão e recrutamento de docentes, baseado no seu perfil e necessidades do agrupamento. Deste modo, um professor pode dar aulas em várias escolas do mesmo concelho. Este novo modelo de contratação, segundo o Ministério da Educação, traria maior estabilidade aos docentes, uma vez que a sua integração seria decidida por conselhos locais de diretores, que não iriam contratar diretamente docentes.
A greve das oito organizações sindicais realiza-se ao mesmo tempo em que decorrem outras duas paralisações: uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que se iniciou em 09 de dezembro e vai manter-se, pelo menos, até ao final do mês de janeiro, e uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que deverá prolongar-se até fevereiro.
Esta greve tem sido sentida por todo o país e a região algarvia acompanha a tendência.
Por: Filipe Vilhena/Lusa