“Para quê pagar rendas em duplicado? Para quê gerar burocracias e entropias desnecessárias? Para quê obrigar a deslocações se, muitas vezes, o assunto é comum às duas áreas? Queremos manter separados, tal como estão, o IEFP e o ISS, mas queremos que se encontrem soluções de coabitação de espaços ao longo do país”, afirmou hoje o ministro da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, numa comissão parlamentar.
O governante anunciou que já há “15 locais previstos, sendo que dez já estão aprovados e prontos a ser implementados”, reiterando que o objetivo é que “estes dois serviços partilhem rendas, consumos de energia e outros encargos correntes”.
O ministro disse ainda que a mesma lógica de partilha de espaço e de custos se aplica aos serviços do Instituto de Gestão Financeira, que até ao final do ano verão integrados em espaços do Instituto de Segurança Social 12 dos seus serviços”, mantendo, no entanto, as suas autonomias respetivas.
De acordo com Pedro Mota Soares, com esta medida, vai ser alcançada “uma poupança que se estima que seja de cerca de um milhão de euros ao ano”.
Para o ministro, “nem só de dotação financeira vive o país”, pelo que “parte da solução tem de passar pela reforma do Estado, pela poupança gerada, pela reestruturação dos serviços, sem que - com isso - se ponham em causa os serviços e a sua qualidade, bem como a resposta de proximidade que dão”.
Também presente na comissão parlamentar, o secretário de Estado do Emprego e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, explicou que vão ser feitos “três tipos de movimentações”, salvaguardando que ainda não pode divulgar todas as localidades, uma vez que alguns trabalhadores dos serviços em causa ainda não foram informados.
Por um lado, há instalações do IEFP que vão receber trabalhadores do ISS, o que vai suceder em Ourique, no distrito de Beja, em Moncorvo, no distrito de Vila Real, em Estremoz, no distrito de Évora, e em Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, segundo o governante.
Também haverá casos em que as instalações do ISS vão receber os serviços do IEFP, como é o caso de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e de Vila Real, capital de distrito.
Finalmente, haverá também integração dos serviços do Instituto de Gestão Financeira em instalações do ISS, o que deverá “ocorrer ao longo dos últimos meses deste ano”.
Das 12 concentrações que estão previstas, oito vão ocorrer em setembro, duas em outubro e outras duas em dezembro, disse o secretário de Estado, acrescentando apenas que estas situações “estão espalhadas por todo o território continental”.
Por: Lusa