O Calçadão de Quarteira encheu-se esta quinta-feira 14 de agosto, para a tradicional Festa do Pontal, momento que marca a «rentrée» política do PSD e que voltou a juntar militantes, simpatizantes e dirigentes num ambiente de política e festa popular.

Discursos da juventude à liderança nacional

A sessão começou com João Campos, presidente da JSD/Algarve, que apelou à participação ativa dos jovens na vida política e defendeu políticas para responder a desafios estruturais da região, como a habitação e a escassez hídrica.

Seguiu-se o candidato à Câmara Municipal de Loulé, Hélder Martins, que sublinhou a necessidade de reforçar a presença social-democrata no concelho e de implementar projetos que sirvam a população local.

 

Veja aqui o Discurso de Hélder Martins Candidato à Câmara Municipal de Loulé 

O antigo dirigente Mendes Bota evocou depois a memória de Filipe Abreu, fundador da Festa do Pontal em 1976, lembrando a importância deste evento como ponte entre o PSD e as comunidades algarvias.

 

Discurso de Mendes Bota na Festa do Pontal

O presidente da distrital, Cristóvão Norte, reforçou a mensagem de unidade, chamando ao palco todos os candidatos do PSD às câmaras municipais do Algarve, num gesto que recebeu fortes aplausos.

Montenegro fala de incêndios, anuncia investimentos e prevê excedente

No encerramento político da noite, Luís Montenegro abriu a sua intervenção com uma mensagem de solidariedade para as populações e bombeiros que combatem os incêndios, comparando a situação a uma “guerra” que exige ação firme e coordenada.

O líder do PSD anunciou um conjunto de investimentos estratégicos para o Algarve:

  • Novo Hospital Central do Algarve, para reforçar a capacidade de resposta na saúde;
  • Duas barragens, em Alportel e na Foupana, para garantir reservas de água;
  • Regresso da Fórmula 1 ao Autódromo Internacional do Algarve em 2027, juntando-se ao MotoGP já confirmado para 2025 e 2026.

Montenegro previu ainda que Portugal terminará 2025 com um novo excedente orçamental, garantindo que o Governo está a cumprir a meta do equilíbrio das contas públicas, mesmo após medidas como a redução do IRS a meio do ano, o aumento do complemento solidário para idosos e o suplemento extraordinário pago a pensionistas até 1.567,50 euros.

“Estamos a fazer as coisas com equilíbrio, com sentido de responsabilidade”, afirmou, defendendo que a economia portuguesa “está com um bom desempenho” e vai “surpreender muitos pessimistas” no final do ano, ao mesmo tempo que se executa o PRR, se constroem casas e se reabilitam centros de saúde e escolas.

Críticas sobre decisões políticas e Tribunal Constitucional

O primeiro-ministro também abordou o chumbo da lei dos estrangeiros pelo Tribunal Constitucional, considerando normal o pedido de fiscalização do Presidente da República, mas alertando que “não seria normal” se os juízes do TC fizessem “juízos políticos” quando a sua função é emitir juízos jurídicos.

Montenegro acusou ainda setores políticos e comentadores de tentar transformar decisões jurídicas em decisões políticas e afirmou que o Governo continuará a “atuar dentro da normalidade política, constitucional e democrática”, defendendo uma política de imigração com “mais regras” mas também “mais humanista” e respeitadora da Constituição.

Após os discursos, a festa prosseguiu com o concerto de Toy, que animou o público até perto da meia-noite, encerrando mais uma edição do Pontal num ambiente de convívio e entusiasmo político.