"Manifestamos hoje o nosso reconhecimento a um oficial de excecional craveira cujo exemplo deverá constituir fonte de inspiração para as gerações futuras, porque a pátria em que nos revemos foi e será sempre determinada pelo querer, pela dedicação e pela coragem dos portugueses", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na cerimónia militar de condecoração, com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, do coronel de Infantaria Comando Raúl Folques, que se realizou no regimento de Comandos, na Carregueira.
Numa curta intervenção, Cavaco Silva, que é também Comandante Supremo das Forças Armadas, referiu-se ao coronel Raúl Folques como "um dos melhores de Portugal", que por vocação escolheu a carreira das armas, onde se distinguiu pelo "culto dos mais nobres ideais de serviço".
Recordando a carreira do coronel Raúl Folques, natural de Vila Real de Santo António, de onde saiu aos 13 anos para frequentar o 3.º ano do Colégio Militar, Cavaco Silva sublinhou a forma como nas quatro comissões que cumpriu, três em Angola e uma na Guiné, "demonstrou ser um soldado de exceção, exemplo maior de coragem, sangue-frio e serena energia debaixo de fogo".
"Um líder que todos estimavam e admiravam", frisou, destacando ainda as funções que desempenhou depois como comandante do Regimento de Comandos, professor do Instituto de Altos Estudos Militares e Chefe do Estado-Maior do Governo Militar de Lisboa.
"Condecorado por feitos extraordinários em campanha, dando provas de elevada coragem física e grandeza moral, o coronel Folques é um homem de bem, de carácter impoluto e altamente prestigiado entre os seus pares. Serviu Portugal com distinção, total desprendimento e a simplicidade dos grandes", acrescentou o chefe de Estado, que condecorou no final da cerimónia o coronel Raúl Folques com a mais alta condecoração do Estado, a da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.