No âmbito do projeto “Cartão de Cidadão na Escola”, funcionários do Instituto de Registos e Notariado (IRN) recolhem nos jardins-de-infância e escolas do 1ºciclo os dados necessários para a fazer o cartão de cidadão das crianças.
Para o IRN, a iniciativa permite prevenir "constrangimentos no atendimento provocados pela afluência simultânea dessas crianças aos balcões".
No ano passado, o projeto foi levado a 80 escolas e jardins infantis de todos o país.
Aveiro (14 escolas), Porto (nove escolas) e Lisboa, Santarém e Faro (oito escolas) são os distritos onde o projeto tem maior implantação.
O IRN não avança dados sobre o número de cartões de cidadão já emitidos no âmbito deste projeto, mas destaca o "impacto muito positivo na qualidade do serviço público de cartão de cidadão" e garante que a iniciativa é para continuar.
"Evita que as crianças tenham de se deslocar aos balcões, proporcionando aos menores e aos seus pais maior comodidade no acesso ao documento de identificação que desta forma não despendem de tempo em deslocações e em filas de espera", adiantou fonte do IRN à agência Lusa.
O período de matrículas escolares a meio da primavera e o verão são épocas tradicionalmente críticas nos serviços de emissão do cartão de cidadão.
Este ano, soma-se a estes dois fatores a primeira grande vaga de renovações dos primeiros cartões, que estão a caducar, o que está a gerar grande afluência aos serviços.
O projeto de substituição do bilhete de identidade pelo cartão de cidadão arrancou em 2007 nos Açores, mas a cobertura integral do território por estes serviços ficou completa apenas em 2009.
Nesse ano foram emitidos cerca de dois milhões de cartões de cidadão, o mesmo valor médio de documentos emitidos anualmente desde então.
Até ao início de junho tinham sido pedidos 9.629.237 primeiros cartões e o número de renovações do documento - que tem uma validade de cinco anos - atingia as 1.930.256.
Quatro em cada cinco portugueses residentes em Portugal (81 por cento) têm cartão de cidadão. Entre os portugueses que vivem no estrangeiro, a taxa de cobertura é de 24 por cento.
Por: Lusa