O Algarve apesar de estar no topo dos destinos de turistas, portugueses e estrangeiros, continua a ser uma região periférica no que diz respeito à saúde.

As dificuldades de contratação de profissionais de saúde e a sua retenção na região, em parte devido ao custo de vida, onde se inclui o preço das habitações, tem retirado capacidade formativa aos hospitais da região, fazendo diminuir a atratividade de jovens profissionais, nomeadamente, de médicos.

É neste contexto de diminuição das respostas em saúde na região que o Bloco de Esquerda considera o recente anúncio da Ministra da Saúde de poder vir a encerrar a delegação do INEM inaceitável.

O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), inaugurado em maio de 2024, custou 2 milhões de euros aos algarvios (dinheiro do Município de Loulé) e assume um papel fulcral na coordenação da emergência numa região com uma população residente de 460 mil pessoas e cerca de 5 milhões de turistas por ano.

A acontecer, significa colocar a região do Algarve numa situação ainda mais periférica e diminuir o acesso dos algarvios, nomeadamente, no que diz respeito às condições de articulação do sistema integrado de emergência médica com as diversas entidades, bombeiros, hospitais e Cruz Vermelha Portuguesa.

O Bloco de Esquerda considera que esta decisão significa, pura e simplesmente, que irão aumentar no Algarve as mortes evitáveis, por ser deliberadamente enfraquecida a capacidade de resposta de emergência. Esta decisão será de uma enorme irresponsabilidade e o Bloco de Esquerda tudo fará para a impedir.

Revela ainda a falta de planificação que tem pautado o percurso errático do Governo e, em particular, da Ministra da Saúde que é mais notícia por encerrar serviços do que por inaugurá-los, confirmando o efetivo desperdício que resulta da sua governação.

 

O Secretariado da Comissão Coordenadora Distrital do BE do Algarve