A vigilância e o controlo do espaço marítimo junto à costa do Algarve foram reforçadas pelas autoridades após o desembarque de um grupo de 38 migrantes na sexta-feira, anunciaram hoje a Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional.

A vigilância na região algarvia foi incrementada “na sequência do desembarque de migrantes irregulares” na praia da Boca do Rio, no concelho de Vila do Bispo, distrito de Faro, lê-se, em comunicado conjunto divulgado pelas duas entidades.

A Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional decidiram reforçar “a vigilância e o controlo dos espaços marítimos, através de ações de patrulhamento no mar e em terra”, junto à orla costeira do Algarve.

O “planeamento conjunto e coordenado de meios” pretende “assegurar uma capacidade acrescida na deteção e interceção de embarcações que possam tentar aceder irregularmente ao território nacional por via marítima”, frisam as autoridades.

Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional pedem ainda “a colaboração da população”, solicitando o contacto para o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo ou para o Comando Local da Polícia Marítima caso observem “embarcações suspeitas ou movimentações invulgares junto à costa portuguesa”.

Todos os 38 migrantes que desembarcaram na praia da Boca do Rio, no concelho de Vila do Bispo, têm nacionalidade marroquina, disse hoje à Lusa fonte da GNR, especificando que entre sete menores encontra-se um bebé de 12 meses.

“Temos a presunção de que poderão ter a sua origem no norte de África, diretamente em Marrocos, uma vez que todos os cidadãos identificados são de nacionalidade marroquina”, afirmou à Lusa o major Ilídio Barreiros, da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras da GNR.

Os 38 migrantes que desembarcaram naquela praia do distrito de Faro são 25 homens, seis mulheres e sete menores, com idades entre os 12 meses e os 44 anos, precisou a mesma fonte.