O social-democrata estava impedido de se recandidatar em Castro Marim, onde atingira o limite legal de três consecutivos, e concorreu à presidência da Assembleia Municipal (AM) do concelho vizinho pela coligação AD – coligação PSD/CDS-PP, obtendo 39,22%, contra os 36,65% do PS, que ficou em segundo, mas venceu a Câmara e reelegeu Álvaro Araújo para um segundo mandato.
A lista liderada por Francisco Amaral conquistou nove eleitos para a Assembleia Municipal (AM), contra oito do PS, três do Chega, terceira força mais votada, e um da CDU, quarta classificada nas eleições autárquicas de domingo.
Com os nove eleitos, somados a um presidente de Junta (Vila Real de Santo António), a AD vai ter 10 representantes na Assembleia Municipal, os mesmos que o PS, que aos oito pode somar os votos de dois presidentes de Junta (Monte Gordo e Vila Nova de Cacela), deixando aos três eleitos do Chega um papel importante para compor maiorias.
Num comentário aos resultados eleitorais nas autárquicas de domingo publicado no seu perfil numa rede social, Francisco Amaral deixou uma palavra de “parabéns aos vencedores” e um “abraço aos vencidos”, destacando que, no país, o PSD voltou a ter a maioria das Câmaras e o PS manteve o domínio no Algarve.
Francisco Amaral deixou também uma palavra à sua antiga vice-presidente em Castro Marim, Filomena Sintra, que o sucedeu na presidência da Câmara e manteve o município para o PSD nas eleições de domingo, antes de constatar que, “em Vila Real de Santo António, o PS ganha a Câmara (mas perde a maioria)”.
“Pessoalmente, mantenho a minha invencibilidade, 10 atos eleitorais, 10 vitórias”, afirmou Francisco Amaral referindo-se ao triunfo para a AM em Vila Real de Santo António, que se somou a cinco vitórias para o município de Alcoutim (duas antes de haver limite de mandatos), quatro para o de Castro Marim (onde houve uma eleição intercalar em 2019).
Francisco Amaral assegurou que, após os eleitores se pronunciarem, vai agora “arregaçar as mangas e trabalhar de um modo sério e responsável (sem malabarismos) pelas populações” que lhe deram um novo triunfo, lê-se na mesma publicação.
Nas eleições de domingo para a Câmara de Vila Real de Santo António, o socialista Álvaro Araújo conseguiu ser reeleito para a presidência, com 39,45% e três mandatos, à frente da AD, segunda classificada, com 38,03 % e também três eleitos, e do Chega, que conquistou o último dos sete eleitos no executivo municipal, passando a terceira força política, em detrimento da CDU.
Depois de quatro anos com maioria absoluta - após o eleito da CDU, Álvaro Leal, ter aceitado entrar no executivo a tempo inteiro, levando a coligação formada pelo PCP e o PEV a retirar-lhe a confiança política -, o reeleito presidente da Câmara de Vila Real de Santo António terá agora de governar sem maioria e com uma Assembleia Municipal que pode ser-lhe desfavorável, caso PSD e Chega somem os seus votos.
Lusa