“Serão dois dias intensivos, com a presença de produtores de vários países ibero-americanos, com foco especial no Brasil. Vai haver ‘pitch’ [apresentação de projetos], workshops, masterclasses, muito focado na indústria e direcionado também para novos autores, tendo em conta a proximidade da Universidade do Algarve”, explicou o produtor e membro da APPA.
Ainda sem data oficial anunciada para o começo de 2026, este encontro ibero-americano para profissionais resultará também de um protocolo a formalizar com a câmara municipal de Loulé e deverá contar com a colaboração da Casa da Animação.
Segundo Nuno Beato, da produtora Sardinha em Lata, a iniciativa servirá também para “marcar uma posição no que é o mercado ibero-americano de animação”, porque é “muito dominado pela língua espanhola e pelos países hispânicos”.
“Acreditamos que o reforço da indústria ibero-americana é importante não só a nível mundial, até com a atual crise nos Estados Unidos, mas também como reforço dentro da Europa. A união destes países pode ter muito bons resultados, já há muitas coproduções a serem feitas, mas acreditamos que é um passo muito importante para o cinema de animação português”, disse.
A primeira edição deste encontro profissional em Loulé em 2026 deverá ser focada no Brasil e Nuno Beato quer unir esforços com a Casa da Animação, que anunciou hoje a criação do Prémio Diogo Carvalho, em homenagem ao produtor da Sardinha em Lata que morreu em abril passado aos 47 anos.
“O Prémio Diogo Carvalho pretende apoiar e incentivar novos projetos e talentos, celebrando o espírito de colaboração e inovação que ele sempre promoveu”, afirmou hoje a Casa da Animação numa publicação nas redes sociais.
Segundo Nuno Beato, este prémio, não monetário, “é para incentivar novos talentos” e pretende fornecer apoio de consultoria a profissionais de cinema de animação, nomeadamente sobre participação em mercados desta área.
Lusa