ou seja, integrando doravante o grupo de regiões europeias que apresentam um índice de inovação entre 70 % e 100 % da média da UE, de acordo com o mais recente relatório da Comissão Europeia.
Este índice é coordenado e revisto de dois em dois anos pela Direção-Geral da Investigação e Inovação da Comissão Europeia e é composto por 23 indicadores.
Na mobilização de fundos europeus geridos através do Programa Regional ALGARVE 2030 a competitividade do ecossistema de inovação é justamente um dos propósitos da política de coesão.
Neste relatório da Comissão Europeia (CE), com os resultados dos últimos dois anos, a região algarvia encontra-se assim mais bem posicionada no ecossistema de inovação, com destaque para a formação ao longo da vida, as despesas em inovação não diretamente ligadas à I&D e a penetração digital no território. Num período temporal mais longo, verificou-se ainda uma melhoria significativa do indicador referente à venda de produtos inovadores para o mercado e/ou para a própria empresa. No reverso da medalha, o Algarve obtém resultados negativos no que concerne a PME que introduzam inovação de produto e, em geral, na proteção da propriedade intelectual a nível europeu, seja em patentes, marcas ou desenho industrial.
Contudo, o relatório destaca a inovação de processo nas PME como sinal positivo e em crescimento no investimento das microempresas e das PME, bem como o aumento de recursos humanos especializados em TIC e o emprego em empresas tecnológicas e inovadoras.
No que respeita à produção científica, o índice regional de inovação também integra indicadores da publicação de artigos e obras de teor científico a nível internacional, vetor em que a região está bem posicionada. Este facto é igualmente destacado na recente análise “Produção Científica Portuguesa 2014-2023 – Ensino Superior Público Universitário”, da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), na qual se assinala que a Universidade do Algarve (UAlg) é a que tem a maior percentagem de publicações em coautoria com instituições estrangeiras, do total publicado entre 2019-2023, na ordem dos 67,7%.
Em termos do impacto das publicações, analisado pela percentagem de publicações entre as 10% mais citadas a nível mundial, a UAlg segue em 2.º lugar entre as universidades públicas nacionais, com um índice de 12,9%. Por tópicos de citação, as publicações de Biologia Marinha da UAlg são mesmo das mais citadas no período entre 2014 e 2023.
Segundo a DGEEC, “a colaboração internacional constitui uma via relevante para integrar redes globais de investigação” e a citação de artigos científicos “atesta não só a qualidade intrínseca da investigação produzida, mas também a sua relevância e visibilidade no panorama científico internacional”.
O Índice Regional da Inovação da União Europeia (Regional Innovation Scoreboard) pode ser consultado na página da DG Investigação e Inovação da Comissão Europeia: https://research-and-innovation.ec.europa.eu/statistics/performance-indicators/regional-innovation-scoreboard_en
CCDR Algarve