De acordo com os dados do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no primeiro semestre de 2014, cerca de 10.040 cidadãos estrangeiros investiram no imobiliário português, o que representa cerca de 21% do total das transações imobiliárias em Portugal neste período.
Só no segundo trimestre deste ano, cerca de 6.540 estrangeiros compraram imóveis no nosso país, registando um aumento de, aproximadamente, 90% face ao trimestre anterior.
Faro é o distrito que regista um maior número investimentos realizados (37% do total do segundo trimestre) tendo sido maioritariamente procurado por Britânicos, Franceses, Belgas e Alemães. Por outro lado, o distrito de Lisboa surge com 26% das transações efetuadas, com uma predominância de investimento feito por cidadãos Chineses, Franceses, Brasileiros e Angolanos.
Os distritos de Leiria, Setúbal, Porto, Coimbra e Funchal registaram também um número considerável de investimentos. Em termos concelhios Lisboa, Loulé, Albufeira, Lagos e Cascais estiveram no topo das preferências neste segundo trimestre do ano.
De acordo com o Presidente da APEMIP, Luís Lima, estes números “confirmam a importância do Regime Fiscal para os Residentes Não Habituais e do Programa de Autorização de Residência para Investimento (Vistos Gold) que têm atraído um número crescente de investidores que acreditam no imobiliário português como um investimento seguro, e a prova disso é que quase duplicamos o número de transações feitas a estrangeiros só no segundo trimestre. Agora a APEMIP consegue também identificar as regiões onde são concretizadas as transações, o que nos ajuda a avaliar o perfil de quem investe”.
Para Luís Lima, o potencial destes programas não se ficará por aqui, prevendo que este tipo de investimento possa representar um investimento superior a 1,5 mil milhões de euros para o país, em 2014. “O sector imobiliário tem feito um grande trabalho para divulgar o potencial do nosso país além-fronteiras, e felizmente, este tem vindo a traduzir-se nos números que agora divulgamos. Como tenho já afirmado por diversas vezes, não nos podemos esquecer que um euro investido em imobiliário português se multiplica rapidamente por 4 ou 5, pois este é um bem que é consumido internamente, e os seus consumidores irão, necessariamente, dinamizar a economia do país não apenas por esta via, mas também pelo investimento que acaba por fazer noutros sectores como a restauração, a saúde ou o turismo”, diz o Presidente da APEMIP.
Por outro lado, o mercado interno também tem vindo a ser positivamente contaminado, na medida em que se sente um aumento da procura, “o mercado interno sente a confiança e a segurança que os estrangeiros têm no imobiliário português e isso acaba por ser contagiante, especialmente numa altura em que as pessoas começam a procurar o imobiliário como uma alternativa segura de investimento, que pode até trazer algum retorno” afirma Luis Lima.
Por APEMIP