Natural de Loulé e com apenas 15 anos, Carolina Pires está a escrever uma história de ousadia e talento no universo da moda.

Selecionada para representar Portugal na final do Top Model Europe 2025, em Bruxelas, a jovem modelo algarvia enfrenta agora um desafio internacional que pode levá-la ao Mundial. Num percurso iniciado aos 14 anos, Carolina combina formação, desfiles e sonho com o apoio da sua família e de uma agência do Norte do país — a IMC Models Agency.

Tal como revela nesta entrevista, trata-se de mais do que maquilhagem e luzes: é determinação, estratégia e futuro.

V.A – Carolina, tens apenas 15 anos e estás prestes a representar Portugal no Top Model Europe 2025. Como surgiu esta oportunidade e o que representou para ti?

C.P – Começou há cerca de um ano, quando a minha mãe viu um anúncio no Instagram sobre o Top Model Europe. Inscrevemo-nos, fiz castings no Algarve, passei etapas e, na final nacional em Gondomar, fiquei em primeiro lugar na minha categoria. Agora vou representar Portugal em Bruxelas, entre perto de 100 concorrentes. Se ganhar, a próxima fase será o Mundial na República Dominicana.

V.A – Entraste no mundo da moda aos 14 anos. Como foi o processo de integração na agência e que momentos consideras marcantes até agora?
C.P – Desde pequena dizia que queria ser modelo, e no verão passado decidi avançar a sério. A minha mãe procurou agências, encontrámos a IMC Models Agency, fiz o casting e fui aceite. Dois meses depois já estava a desfilar. Participei em cerca de cinco desfiles, alguns com estilistas reconhecidos.

V.A – Que papel tem a tua agência no teu percurso e de que forma te ajuda a navegar o ambiente altamente competitivo da moda?
C.P – A agência dá-me segurança. Todas as propostas passam por eles e garantem que tudo é legítimo e seguro. Também me dão formação — passarela, fotografia, postura — e organizam eventos com presença de agências internacionais.

V.A – Sendo algarvia, sentes que o Algarve oferece menos oportunidades na moda? Como ultrapassas essas limitações?
C.P – Sim, aqui há menos oportunidades. Em Lisboa e no Porto o mercado é maior. Mas isso não me impede de participar em castings e desfiles nacionais e internacionais. O importante é agarrar cada oportunidade e continuar a trabalhar.

V.A – Como te preparas física e emocionalmente antes de entrar em passarela? Tens algum ritual ou método?

 

C.P – Fico sempre nervosa, mas faço respirações profundas para me acalmar. Depois, quando entro, simplesmente faço o que tenho de fazer. Cuido da pele — já tive muitas borbulhas — e treino passarela, tanto em casa como com a agência.

V.A – Quando pensas no futuro, como imaginas a tua vida daqui a dez anos? Tens um plano alternativo além da moda?
C.P – Gostava de ter uma carreira sólida e, se possível, assinar contrato internacional. Também penso em estudar: gosto muito da área da estética e da dermatologia. Quanto à vida pessoal, não penso em casar, mas gostava de ter dois filhos, um menino e uma menina.

V.A – Que mensagem deixarias às jovens que sonham seguir uma carreira na moda, tal como tu?
C.P – Que procurem uma boa agência e que tentem. Este caminho exige paciência, disciplina e apoio, mas é possível. No Algarve é mais difícil, mas não impossível. Com dedicação e vontade, tudo se consegue.

 

Jornalista Nathalie Dias 

Jornal A Voz do Algarve