A Associação Armalgarve Polvo está preocupada com a situação de roubo e destruição de artes e pescado na pesca do polvo que têm assolado a região. As autoridades já foram informadas, mas ainda no há soluções à vista.
A Associação Armalgarve Polvo está preocupada com a situação de roubo e destruição de artes e pescado na pesca do polvo que têm assolado a região. As autoridades já foram informadas, mas ainda no há soluções à vista.
Várias embarcações da pesca do polvo foram vítimas de atos de vandalismo, nomeadamente através do roubo e destruição de artes de pesca e respetivo pescado, o que acarreta consequências gravosas para as empresas e respetivas famílias que dependem da sustentabilidade desta pescaria.
Estes atos de vandalismo têm ocorrido mais precisamente entre Portimão e Faro, representando já milhares de euros de prejuízo para as companhias visadas, que não têm forma de remediar a despesa acrescida, numa fase em que a pesca do polvo é mais fraca (o polvo encontra-se em fase de crescimento e a população adulta é menor) e em que, consequentemente, o rendimento é menor.
Face às dificuldades e perante a ausência de resposta das autoridades, oportunamente alertadas para a ocorrência, os armadores começam a transportar as suas artes para terra. A Armalgarve recomenda, como fuga a todas estas situações e de forma a obterem algum rendimento, o subsídio de desemprego.
A Armalgarve Polvo está preocupada com a sustentabilidade desta pescaria e das centenas de famílias que dependem da mesma e pede soluções urgentes e eficazes.
Pesca do polvo: a importância do Algarve no panorama nacional
O polvo é a principal espécie comercializada nas lotas do Algarve e a mais importante no panorama geral da pesca artesanal na região, representando 43% dos desembarques a nível nacional.
Em 2013 os desembarques de polvo nó Algarve geraram urna receita de 16,2 milhões de euros, ou seja, cerca de metade do total vendido em lota em Portugal (37,6 milhões de euros). Estes valores representam 15% da receita total da primeira venda gerada por todas as pescarias. Desta forma, o polvo aparece em segundo lugar no que respeita ao valor da primeira venda.
Acresce ainda o facto de que o Algarve possui a maior frota em todo o país dedicada a esta pescaria, com 765 licenças emitidas em 2014, distribuídas pelos 14 portos de registo.
Pela sua dimensão e importância económica que assume, é urgente encontrar soluções rápidas e eficazes que zelem pela sustentabilidade desta que é a fonte de rendimento de milhares de famílias e que representa um grande contributo para a economia regional e nacional.
Por ARMALGARVE Polvo