A cerimónia decorreu em Braga, no passado dia 4 de novembro, no âmbito do encontro anual da rede.
O diploma e as placas da Rede Portuguesa de Museus (RPM) a afixar nos núcleos Rota da Escravatura e Dr. José Formosinho foram recebidas por Hugo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Lagos, e Elena Morán, diretora do Museu de Lagos.
Esta credenciação e integração significa o reconhecimento oficial, por despacho da Ministra da Cultura, Juventude e Desporto, da qualidade técnica do Museu de Lagos e do cumprimento das funções museológicas. Culmina assim o processo iniciado em dezembro de 2023, com a submissão da candidatura, e a posterior visita técnica dos técnicos da RPM em outubro de 2024, valorizando o esforço e a qualidade técnica da respetiva equipa.
A requalificação do Museu de Lagos permitiu afiançar uma estrutura polinucleada, desenvolvendo e/ou programando temáticas histórico-cronológicas complementares nos monumentos e edifícios emblemáticos que o constituem. Destacam-se os núcleos Rota da Escravatura, inaugurado em 2016, Dr. José Formosinho, reaberto em 2021, e o Centro de Documentação, reorganizado também em 2021. Permitiu igualmente reorganizar, num processo de inventariação progressivo, as reservas do museu e aproximá-lo a todos os públicos através da Plataforma “Museu de Lagos Digital”, disponibilizada desde maio de 2025.
Como museu de território ligado à comunidade, o crescimento do Museu de Lagos resulta de uma aposta na investigação e no desenvolvimento de atividades adaptadas aos diversos públicos, com o contributo dos seus técnicos.
No âmbito desta estratégia estão em curso a ampliação do núcleo Dr. José Formosinho, a requalificação do núcleo Ponta da Bandeira, e a construção do núcleo Mundo Rural, em Odiáxere, onde, desde 2024, se desenvolvem trabalhos de mediação cultural em residência artística junto da comunidade, destacando-se o Projeto Água Invisível e o Museu Efémero que este ano esteve aberto ao público entre os dias 17 e 19 de outubro.
CM Lagos