A exposição internacional sobre os milagres eucarísticos no mundo, concebida e levada a cabo por São Carlo Acutis que esteve patente na paróquia da Sé de Faro, entre de 11 de outubro e 01 de novembro, contou, segundo a organização, com cerca de um milhar de visitantes.
Para além de muito visitantes da catedral de Faro, a exposição, que teve lugar na sala de atos no claustro, recebeu ainda a presença de grupos organizados de paróquias algarvias, para além da paróquia anfitriã, concretamente as seguintes: São Luís de Faro, São Pedro de Faro (incluindo da comunidade de São Paulo do Patacão), de Quelfes, de Moncarapacho, de São Brás de Alportel e de Santa Catarina da Fonte do Bispo.
No âmbito da exposição foi promovido um programa espiritual e formativo, que entre outras iniciativas incluiu uma conferência intitulada “O Apóstolo da Eucaristia”, proferida pelo padre Nelson Rodrigues, sacerdote da Diocese do Algarve.
A exposição que já esteve patente nos cinco continentes, é composta por aproximadamente 166 painéis que retratam com uma seleção extensa de fotografias e descrições históricas cerca de 136 dos principais milagres eucarísticos reconhecidos pela Igreja e ocorridos ao longo dos séculos em vários países do mundo.
O jovem italiano Carlo Acutis, falecido com 15 anos em 2006, que foi canonizado pelo Papa Leão XIV no passado dia 07 de setembro, tendo sido um dos patronos da Jornada Mundial da Juventude de 2023 em Lisboa, é considerado como o “santo padroeiro da internet”. A sua canonização devia ter ocorrido a 27 de abril, mas foi adiada por causa da morte do Papa Francisco que aprovou a publicação do decreto que reconhece um milagre atribuído à sua intercessão, no dia 23 de maio do ano passado.
Carlo Acutis nasceu em Londres, onde os seus pais estavam a trabalhar, e faleceu na cidade de Monza (Itália); a sua beatificação foi celebrada em outubro de 2020, em Assis, onde repousam os seus restos mortais.
Acutis foi considerado pelo Papa Francisco como um modelo de “santidade da porta ao lado”, na exortação apostólica pós-sinodal ‘Christus Vivit’ (Cristo Vive). “Não caiu na armadilha. Via que muitos jovens, embora parecendo diferentes, na verdade acabam por ser iguais aos outros, correndo atrás do que os poderosos lhes impõem através dos mecanismos de consumo e aturdimento”, escreveu Francisco.
Na celebração da canonização, o Papa Leão XIV destacou que Acutis “encontrou Jesus na família, depois também na escola, e sobretudo nos sacramentos, celebrados na comunidade paroquial”. “Assim, cresceu integrando naturalmente nas suas jornadas de criança e adolescente a oração, o desporto, o estudo e a caridade”, observou.
Folha do Domingo
