Associação da GNR expressa condolências à família de militar morto e pede medidas ao Governo

14:47 - 28/10/2025 ALGARVE
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) emitiu hoje um profundo pesar à família do militar que morreu em serviço, exigindo ao Governo «respostas firmes» e medidas que reconheçam o risco da profissão.

Um militar da GNR morreu e três ficaram feridos na segunda-feira à noite, após a embarcação em que seguiam ter sido abalroada por uma lancha de alta velocidade que tinha sido detetada no rio Guadiana, no Algarve, que a Guarda suspeita que esteja relacionada com tráfico de droga.

Numa nota enviada às redações, a APG/GNR expressa a sua “profunda tristeza” e “presta as mais sentidas condolências aos familiares, amigos e colegas do Pedro Manata e Silva, que faleceu em serviço”.

“É sempre imensa a consternação quando um de nós perde a vida em serviço de forma prematura, mas este caso em particular tem para a APG/GNR um significado diferente, na medida em que se trata de alguém que nos é próximo, que era associado e antigo dirigente da APG/GNR, que teve a generosidade de lutar pelos direitos dos seus camaradas, de lhes dar voz”, afirma.

Para a APG, “não é admissível que, sempre que morre um profissional da GNR em serviço se lamente o sucedido, que se apresentem discursos de circunstância sem que daí surjam consequências políticas concretas no plano das decisões”.

A associação mais representativa da GNR lembra que “os profissionais da GNR que juraram cumprir a sua missão, mesmo “com risco da própria vida”, fazem-no diariamente e, lamentavelmente, encontram-se desprotegidos perante o seu estatuto e dignidade profissionais”.

A APG/GNR exige ao Governo “respostas firmes, que se consubstanciem em medidas que reconheçam o risco da profissão” e que lhes “confiram dignidade, enquanto agentes da segurança pública e enquanto seres humanos”.

A morte e as circunstâncias do acidente que vitimou estes militares já foi lamentada pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro, candidatos presidenciais, políticos e vários setores da sociedade, exigindo uma investigação sobre os factos e a identificação dos autores.

 

Lusa