O candidato independente apoiado pelo Volt Portugal à Câmara de Faro defendeu hoje um aumento do parque público habitacional através de várias metodologias, sendo uma delas a «criação e o desenvolvimento» de cooperativas a custos controlados.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Oliveira avançou com a necessidade de “aumentar a criação e o desenvolvimento de cooperativas de habitação económica com custos controlados”, como uma das formas de combater o acesso à habitação das populações vulneráveis.

“Temos um parque público habitacional de 01%, enquanto na Europa praticamente todos os países têm acima de 10%”, disse Pedro Oliveira.

Para o candidato, “Faro precisa de políticas sociais ambiciosas que combatam a exclusão, promovam a autonomia das famílias e garantam igualdade de oportunidades a todos os seus cidadãos”.

Pedro Oliveira insistiu na construção e reabilitação de habitação a preços controlados e a renda acessível para manter na cidade os profissionais de setores “essenciais”, como os professores, ou os das áreas da saúde e da segurança.

O programa eleitoral desta lista prevê a criação de um projeto para apoiar a integração habitacional para funcionários deslocados, como enfermeiros, professores e técnicos de serviços públicos que, por carência local de recursos humanos, são destacados ou colocados fora da sua área habitual de residência.

A candidatura de independentes apoiada pelo Volt também propõe a criação de apoio a públicos excluídos ou vulneráveis, dando como exemplo medidas para apoiar a habitação social, apoio técnico e social para autonomização de famílias vulneráveis e a fiscalização justa da habitação municipal.

A criação de programas de integração social e solidária será outra área a desenvolver, que permitirá o “desenvolvimento de bairros sustentáveis com energia renovável e partilha de recursos”.

A candidatura também irá incentivar a construção de residências para universitários em parceria com a Universidade do Algarve (UAlg).

Pedro Oliveira, de 31 anos, formado em Gestão de Empresas, “representa uma nova geração de políticos que defende uma forma de governar mais dinâmica, transparente e próxima das pessoas”, afirma o Volt numa nota biográfica.

Oito candidatos concorrem à presidência da Câmara de Faro nas eleições autárquicas de 12 de outubro, que é gerida pelo PSD há 16 anos, numa corrida que inclui três partidos que pela primeira vez se apresentam a eleições em Faro (Livre, Volt Portugal e ADN - Alternativa Democrática Nacional).

Pedro Oliveira tem como adversários António Miguel Pina, do PS, Adriana Marques Silva, do Livre, Cristóvão Norte, da coligação “Faro Capital de Confiança” (PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Duarte Baltazar, da CDU (coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira, do ADN, José Moreira, do Bloco de Esquerda e Pedro Pinto, do Chega.

Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.

 

Lusa