O candidato à Câmara de Faro pela coligação «Faro Capital de Confiança» (PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Cristóvão Norte, esteve hoje em contacto com eleitores e destacou a necessidade de intervir na área da Habitação para ter um concelho com igualdade de oportunidades.
Cristóvão Norte, o candidato à Assembleia Municipal, Macário Correia, e um grupo de apoiantes calcorrearam ruas da cidade desde a escola Afonso III ao centro comercial Fórum Algarve e, ao finalizar a ação de contacto com os eleitores, explicou à agência Lusa o que pretende para essa área, frisando, no entanto, que são “processos que demoram tempo” até haver soluções.
“[O programa] ‘Faro com Igualdade de Oportunidades’ tem dimensões essenciais. A primeira delas é a questão da habitação. Hoje, um T1, T2 ou T3 é incomportável para famílias de classe média e para famílias de baixo rendimento. Não há nenhum papel que eu assine ou despacho que eu faça no dia em que chegar à Câmara que garanta, no dia a seguir, uma casa. Esses processos demoram tempo”, reconheceu.
A existência a “dois loteamentos que estão bastante avançados” e de “um conjunto de medidas do Governo que permitem uma grande ambição na concretização de novas casas” são importantes, mas, como “não se conseguem fazer casas para amanhã”, o primeiro passo é “alargar o regulamento que existe de apoio à renda” em “vários milhões de euros”, indicou.
“Nós queremos apoiar 1.000 famílias no âmbito do apoio à renda”, afirmou, precisando que os destinatários da medida são famílias de baixos rendimentos, que não podem pagar entre 600 e 800 euros por uma renda e são, por vezes, obrigados “a escolher entre bens essenciais e a casa”, notou.
O candidato social-democrata adiantou também que, caso vença as eleições de 12 de outubro, o executivo municipal vai “lançar um processo de 500 casas, que pode ir até 591 casas”, das quais 300 são “a custos controlados”.
“São casas nos Braciais e em Estoi, de loteamentos que estão muito avançados, já com projetos de especialidade em andamento […]. O terreno é colocado à disposição do privado, o privado constrói as casas e é obrigado a alienar as casas a um preço que está definido por lei”, explicou.
O candidato da coligação “Faro Capital de Confiança” lembrou que os preços “são diferentes” consoante a localidade onde se encontram e, “no caso de Faro, um T3 fica em redor de 200.000 euros”.
As outras 200 casas vão “aumentar o parque público municipal”, em regime de renda apoiada, definida consoante os rendimentos do agregado, esclareceu.
Além de Cristóvão Norte, candidatam-se à Câmara de Faro António Miguel Pina (PS), Adriana Marques Silva (Livre), Duarte Baltazar (CDU - coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira (ADN), José Moreira (BE), Pedro Oliveira (Volt Portugal) e Pedro Pinto (Chega).
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
Lusa