O pedido de apreciação parlamentar ao concurso para a privatização da TAP contou com os votos a favor dos partidos de esquerda, mas foi rejeitado pelo Chega, IL, PSD e CDS-PP, com a abstenção do PS.
O concurso para a privatização da TAP não vai sofrer alterações, decidiu o Parlamento no dia 19 de setembro, na votação que sucedeu o debate que tinha sido pedido pelo PCP, Livre e Bloco de Esquerda.
De acordo com o Diário de Notícias (DN), o pedido de apreciação parlamentar ao concurso para a privatização da TAP contou com os votos a favor dos partidos de esquerda, concretamente Livre, PCP, Bloco de Esquerda e PAN, enquanto o PS se absteve e o Chega, IL, PSD e CDS-PP votaram contra, inviabilizando as alterações ao concurso.
O DN recorda que a abstenção do PS surgiu depois do partido ter pedido que fosse garantida a continuidade da área de manutenção de aeronaves em Portugal e da aquisição de bens e serviços a fornecedores nacionais.
Além disso, tanto o PS como o Chega fizeram ainda depender o voto da manutenção das rotas para as ilhas e para a diáspora, exigindo igualmente a recuperação dos 3,2 mil milhões de euros que o Estado injetou na companhia aérea.
Uma vez que a reapreciação da privatização da TAP foi recusada no Parlamente, o processo de privatização deverá agora seguir o curso esperado, sem lugar a deslizes temporais.
Recorde-se que o Governo aprovou, em julho, um decreto-lei que prevê a reprivatização de 49,9% do capital da TAP, incluindo 5% para os trabalhadores da empresa. Na altura, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse acreditar que “haverá muitos interessados” neste processo.
Lufthansa, Air France-KLM e IAG têm vindo a ser apontados como os maiores interessados na compra da companhia aérea nacional.
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