MP quer saber mais de negócios de Montenegro e casa de Pedro Nuno Santos

19:26 - 22/05/2025 POLÍTICA
Em causa estão averiguações preventivas relacionadas com a empresa Spinumviva e com a compra de uma casa em Lisboa, respetivamente.

Ministério Público (MP) pediu informações adicionais a Luís Montenegro, no âmbito da averiguação preventiva relacionada com a empresa Spinumviva, e aguarda ainda o envio desses documentos, informou esta terça-feira (20 de maio de 225) a Procuradoria-Geral da República (PGR), precisando também que tomou idêntica iniciativa em relação a Pedro Nuno Santos.

Em resposta escrita enviada à Lusa, a PGR esclareceu que "foram solicitados elementos adicionais" em relação às duas averiguações preventivas em curso ― uma relacionada com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a empresa Spinumviva, e outra relacionada com a aquisição de um imóvel em Lisboa por parte de Pedro Nuno Santos.

"As averiguações preventivas encontram-se em curso, aguardando o Ministério Público resposta a essas solicitações", acrescentou a PGR. As duas averiguações preventivas estão a cargo do Departamento Central de Investigação e Acão Penal (DCIAP).

Esta segunda-feira (19 de maio de 2025), o procurador-geral da República já tinha falado à Lusa sobre a averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos, não tendo dado detalhes sobre aquela que envolve Luís Montenegro, que foi anunciada no início de março deste ano.

Nessa altura, Amadeu Guerra explicou que foram recebidas três queixas relacionadas com a empresa da família do primeiro-ministro e que o objetivo da averiguação preventiva será avaliar se existem elementos para avançar com a abertura de um inquérito, que terá como base informações obtidas em fontes abertas e em documentos solicitados aos envolvidos.

O caso relacionado com a Spinumviva levou o Governo a apresentar uma moção de confiança, que foi chumbada na Assembleia da República, e provocou eleições antecipadas que aconteceram este domingo.

Já em relação ao secretário-geral do PS, cuja averiguação preventiva foi aberta há mais de um mês, o procurador-geral da República tinha adiantado esta segunda-feira que a questão será "analisada mais uma vez para a semana, eventualmente ainda esta semana".

Amadeu Guerra disse então que a PGR vai aguardar mais alguns dias pelos documentos solicitados antes de decidir o rumo a dar à averiguação preventiva à compra de um imóvel em Lisboa por parte de Pedro Nuno Santos. "As pessoas não são obrigadas a entregar os elementos que são solicitados. Mas nós admitimos que a falta de elementos pode ter a ver com a campanha eleitoral", disse então à agência Lusa o procurador-geral da República, em Faro, à margem da sessão solene do Dia do Advogado.

 

Lusa

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