Tavira vive cultura convivendo com a sua história

13:19 - 12/06/2015 TAVIRA
No dia 28 de junho, pelas 12h00, na margem esquerda do rio Séqua, será inaugurada uma réplica com as inscrições da “Pedra de Dighton”.

Trata-se de uma oferta dos oficiais da Marinha de Guerra Portuguesa, do Curso da Escola Naval (1963-1967) que tem como patrono “Miguel Corte Real”, navegador quinhentista de origem tavirense.

Neste ato serão recordadas as gentes de Tavira e todos aqueles que, por Portugal, no mar, participaram nos grandes feitos navais da nossa história e contribuíram para desbravar oceanos e mares.

A Banda da Armada associa-se a esta celebração, pelas 21h30, na Praça da República.

 

Acerca de Miguel Corte Real

Miguel e Gaspar Corte Real eram filhos de João Vaz Corte Real, navegador tavirense do século XV, que foi capitão donatário da Ilha Terceira, nos Açores.

Gaspar Corte Real desapareceu, em 1501, numa viagem de exploração à Terra Nova, então conhecida por Terra dos Bacalhaus.

Sem notícias do irmão, Miguel Corte Real organizou, em 10 de maio de 1502, uma expedição composta por tês navios. Atingida a costa da Terra Nova, os navios separaram-se para efetuar buscas, marcando encontro para 31 de agosto, numa baía. Na data combinada compareceram dois navios, mas o de Miguel Corte Real nunca mais foi visto.

Mais tarde, em 1680, foi descoberta uma rocha ao rio Taunton, em Dighton, perto da cidade de Fall River, Estado norte-americano de Massachusetts, com diversas inscrições. Em 1918, um professor duma universidade americana, após estudo e investigação, formulou a tese de que parte daquelas inscrições teriam sido feitas por Miguel Corte Real. Segundo esta interpretação, são identificadas nas inscrições, a Cruz de Cristo, o escudete Português e o seguinte texto em latim:

“MIGUEL CORTEREAL

V(oluntate) DEIhic DUX IND(iorum)1511”

 

Por CM Tavira