O Deputado Pedro Pinto esteve no Algarve dando continuidade à Iniciativa «Algarve Tour», que consiste em visitar todos os Concelhos do Algarve durante o ano de 2023.
Neste âmbito, as visitas ocorreram nos dias 23 e 24 de outubro, onde visitou algumas Associações algarvias, a Feira de Santa Iria em Faro e a cidade Tavira.
O Deputado e Líder Parlamentar do Partido CHEGA foi acompanhado pelo Presidente da Distrital, João Paulo Graça, pelas Vice-Presidentes, Sandra Ribeiro e Sandra Castro, pelos Adjuntos, Ricardo Moreira, Anaísa Gonçalves, Filipe Carvalho e Maria Manuela Cardoso, pelo coordenador de Lagos Paulo Dias e na Feira além de militantes e simpatizantes marcaram também presença o Presidente da Mesa Distrital Fernando Santos e o Presidente do Conselho de Jurisdição Distrital José Paulo Sousa.
Além do contacto com a população, no mercado de Odiáxere, na Feira de Santa Iria e no Mercado de Tavira, foram realizadas visitas à Associação de Regantes e Beneficiários de Alvor (A.R.B.A.); Associação Criadores de Gado do Algarve (ASCAL); Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA); Associação de Beneficiários do Plano de Rega do Sotavento do Algarve (A.B.P.R.S.A.) e ao Quartel dos Bombeiros Municipais de Tavira.
Em todas estas visitas tentamos perceber o que mais preocupa os profissionais, a população em geral, bem como, quais os principais problemas das Instituições.
A visita do Sr. Deputado à região terminou no primeiro dia com um Jantar Convívio em Faro e no dia 24 com um almoço convívio em Tavira com militantes e simpatizantes do Partido Chega.
Na Associação de Regantes e Beneficiários de Alvor (A.R.B.A.) a comitiva foi recebida pelo Presidente António Marreiros e pelos membros da Direção Messias Calado e Luís Oliveira, foram abordados os graves problemas da falta de água, mais propriamente relacionados com a barragem da Bravura, foram colocados vários cenários de soluções que o Deputado levará a discussão em sede própria. Falou-se, também, da intenção do estado em taxar IMI às barragens, abordou-se o tema das finanças da Associação, quer das receitas, quer dos encargos com o pessoal, da manutenção da barragem e dos canais e conclui-se que existem graves problemas financeiros para fazer face aos compromissos e obrigações, pois o estado não comparticipa com nenhum apoio.
Na Associação Criadores de Gado do Algarve (ASCAL), foram recebidos pelo Presidente Afonso Nascimento. A Associação luta com todos os meios contra o que considera ser a destruição do meio rural do qual fazem parte os seus associados criadores de gado, como por exemplo, a falta de água para os animais e prados onde se alimentam, a luta pela certificação da Churra e Vaca Algarvia e por um matadouro que foi extinto no Algarve há cerca de 12 anos, tendo a licença do mesmo passado para um matadouro fora da região, localizado perto de Santiago do Cacém, ou seja, a cerca de 200 km de distância, fazendo desta a única região do país sem matadouro.
A Associação, através de formações, apoio jurídico e apoios às candidaturas que os seus associados se candidatam tenta dar o máximo apoio para manter viva uma atividade importante para a região.
Na Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) o Sr. Presidente Hélder Martins recebeu a comitiva e de forma muito aberta e sincera mostrou toda a sua preocupação com o principal setor da região que é o turismo, abordaram temas como a falta de habitação para quem vem trabalhar para a região tendo até a associação já proposto ao governo a atribuição de um subsídio de alojamento, apresentaram também um programa de habitação (tipo social), que seria exclusivamente para habitação, apontou que existe falta de lugares nas cresces para os filhos dos trabalhadores, a penosa demora de licenciamentos para construção de novas infraestruturas hoteleiras (dando o exemplo de um hotel que esperou 7 anos pela licença de construção) e, como é lógico, a grande falta de recursos humanos na região, sendo exemplificativo o projeto onde a AHETA está envolvida para recrutamento no país de origem, por exemplo a Índia, Cabo Verde e Marrocos, ajudando desta forma a suster uma emigração ilegal e ajudando a uma imigração controlada.
Temas como os transportes e as vias de comunicação foram abordados como sendo elementos que pela sua deficiência em nada beneficiam o setor do turismo.
Na Associação de Beneficiários do Plano de Rega do Sotavento do Algarve (A.B.P.R.S.A.) fomos recebidos nas suas instalações pelo vice-presidente Luís Sabbo e pelo Sr. Carlos Lopes. Deram-nos a conhecer o seu ponto de vista sobre a temática da água ressalvando as suas previsões e preocupações. Admitem que o Algarve tem vivido com meias barragens, mas que não vêem mal nenhum nisso. Consideram urgente que se construa uma barragem na Foupana, uma vez que esta está apenas a 2km da barragem de Odeleite e, por isso, o investimento seria reduzido porque todas as infraestruturas estão criadas à volta da mesma. Questionem-nos o que Beja antes e depois do Alqueva?! Por ora, o primeiro passo a ser dado é um estudo prévio que deverá ter início até ao final do ano em conjunto com as águas do Algarve, pois já existe verba para este efeito. Tem também uma certeza: o Norte tem que dar água ao sul. Isto porque no sul a precipitação é muito mais reduzida. Para este efeito ouvimos os argumentos sobre as famosas ‘autoestradas da água’. Onde o problema a nível de custos (bombagens, estações elevatórias…) é de Mértola até ao Algarve devido a ser serra. Há muito desconforto com determinadas exigências da APA quando é pedido que se corte a água que permite a rega dos campos de golfe, porque no entendimento desta associação há outros exemplos que deveriam ser dados na prática antes de chegarem a estes extremos. No caso concreto do sotavento algarvio houve um tema específico discutido que trata da percentagem elevada de sódio que encontramos na água em cidades como Tavira, Olhão, Vila Real de Santo António, etc, pois devido a sua proximidade com o mar a água salgada infiltra-se na nossa rede de esgotos, porque esta é muito antiga e precisa de manutenção. Há soluções, mas é preciso fazer acontecer.
Outro assunto debatido foi a questão de se poder ou não aproveitar águas residuais para rega. E a posição da associação é positiva desde que haja a consciência de que é preciso escolher as plantas certas, ou seja, espécies que toleram e, portanto, sobrevivem bem com rega de águas residuais. É uma boa aposta se for feita nos corretos moldes.
No Quartel dos Bombeiros Municipais de Tavira tivemos o privilégio de ser recebidos pela Presidente da Câmara de Tavira Dra. Ana Paula Martins e pelo 2. ° comandante João Filipe Ramos Ferreira que mui simpaticamente nos acompanharam numa visita completa ao quartel dos bombeiros de Tavira. O quartel é muito antigo, mas permite com uma ginástica fantástica da sua corporação em conjunto com o município ter todas as valências necessárias e próprias de um quartel de bombeiros. A Sra. Presidente adiantou que se encontra a trabalhar com urgência num novo espaço para implementação de um novo quartel dos bombeiros em Tavira. Entretanto continua-se a apostar e requalificar as presentes instalações e o mais recente espaço conseguido foi um agradável e completo ginásio para esta corporação de bombeiros, onde o desempenho profissional do 2. ° comandante João Ferreira pela sua perseverança teve todo o mérito para o alcance deste objetivo. Um dos principais objetivos quase no imediato é aumentar o número de
elementos ativos neste quartel. E foi consensual que se deveria alargar a faixa etária para ingressar na carreira de bombeiro para os 30 anos ao invés de ser apenas até aos 25 anos.
O CHEGA agradece a todos os que nos receberam e fica a promessa que levará todos estes e restantes assuntos a discussão em sede própria.
A todos, muito obrigada!
A Distrital de Faro
O Presidente
João Paulo Graça