Foto A Voz do Algarve/Filipe Vilhena | D.R.
Costa (ainda) quer ter 26 mil casas para famílias carenciadas até 2024

09:25 - 28/03/2023 ECONOMIA
«Se não for às 00:00 do dia 25 de abril de 2024, que possa ser uns meses depois, mas é uma meta da qual não desistimos», disse.

O primeiro-ministro assegurou esta quarta-feira (22 de março) que, apesar do atraso devido aos dois anos da pandemia, não desiste da meta de ter 26 mil casas condignas para famílias carenciadas em abril de 2024, respondendo às críticas da coordenadora do BE. "É verdade que os dois anos da pandemia atrasaram a execução do programa dos 26 mil fogos, mas a nossa convicção é que, entre a operação de construção e as medidas intercalares que propomos - designadamente o de arrendar para subarrendar - não é uma meta de que devamos desde já desistir e que devemos continuar a bater para estar tão próximo quanto possível”, disse António Costa no debate com o Governo sobre política geral que decorre no Parlamento.

O primeiro-ministro respondia à líder do BE, Catarina Martins, que terminou a sua intervenção com críticas ao programa de habitação do Governo e também com acusações de não se lembrar “sequer das promessas que fez”, recordando que António Costa prometeu “que havia 26 mil famílias que iam finalmente ter uma casa digna daqui a um ano”.

“Essas casas não existem, não vão existir daqui a um ano. E um programa de habitação sem nenhuma meta nem nenhum número é, de facto, apenas um mau PowerPoint”, criticou Catarina Martins.

Na resposta, o chefe do Executivo deixou uma garantia: “Se não for às 00:00 do dia 25 de abril de 2024, que possa ser uns meses depois, mas essa meta é uma meta da qual não desistimos e vamos continuar a bater-nos por ela”.

António Costa constatou “que todos têm uma enorme ansiedade em começar a discutir a proposta de lei do Governo” relativa à habitação. "Podiam ter dito então para não alargamos o debate público porque assim já tínhamos aprovado a semana passada uma proposta de lei e já estávamos aqui a discutir. Acho isso um bom sinal porque, quando o Governo aprovar no dia 30, estou certo que há um consenso universal para que possa ser agendada com caráter de urgência e possamos tramitar rapidamente essa proposta de lei”, enfatizou.

Sem querer antecipar o debate, o primeiro-ministro referiu que no programa Mais Habitação “há um conjunto vasto de medidas para reduzir o preço da habitação”, desde logo uma que é pouco discutida, “que é a regulação da fixação das rendas de novos contratos”.

Por: Idealista