O nosso jornal esteve presente na greve realizada na manhã de hoje, dia 16 de dezembro, na EB 2,3 Padre J. C. Cabanita
O S.T.O.P. - Sindicato de Todos Os Professores decretou greve a partir do dia 9 de dezembro até à interrupção para férias natalícias. Esta paralisação acontece numa altura em que os sindicatos se mostram contra a maioria das propostas do Ministério da Educação.
O Sindicato mostra-se contra as propostas de alterações ao modelo de concurso de colocação de professores. O Governo pretende criar um novo modelo de gestão e recrutamento de docentes, baseado no seu perfil e necessidades do agrupamento. Deste modo, um professor pode dar aulas em várias escolas do mesmo concelho. Este novo modelo de contratação, segundo o Ministério da Educação, traria maior estabilidade aos docentes, uma vez que a sua integração seria decidida por conselhos locais de diretores, que não iriam contratar diretamente docentes.
O S.T.O.P. reclama ainda a melhoria dos salários e condições de carreira, assim como as dificuldades na mudança de escalão e o congelamento do tempo de serviço. Esta não é a primeira vez que os professores se impõem perante estes pontos, sendo que poucas foram as alterações até ao momento.
Esta greve tem sido sentida por todo o país e a região algarvia acompanha a tendência. Portimão, Albufeira, Silves, São Brás de Alportel e Loulé são apenas alguns dos exemplos de concelhos onde muitas escolas se manifestaram.
Em Portimão, a Escola Secundária Poeta António Aleixo e a Escola EB23 D. Martinho Castelo Branco fizeram-se notar na greve. Em Albufeira, a EB Dr. Francisco Cabrita, a EB1 Vale Pedras, a Escola Básica Professora Diamantina Negrão e as Escolas EB1 dos Caliços e Básica e Secundária de Albufeira também se juntaram à greve da S.T.O.P. No concelho de Silves, várias as escolas pertencentes ao Agrupamento de Silves Sul aderiram, nomeadamente as de Algoz, Armação de Pera e Alcantarilha. Por seu turno, em São Brás de Alportel, a Escola EB 2,3 Poeta Bernardo de Passos chegou mesmo a estar encerrada.
No concelho de Loulé, os docentes da Escola Básica 2,3 São Pedro do Mar, em Quarteira, e a E.B.2/3 Eng. Duarte Pacheco, em Loulé, juntaram-se igualmente à greve. O nosso jornal esteve presente na greve realizada na manhã de hoje, dia 16 de dezembro, na EB 2, 3 Padre J. C. Cabanita. Com início às 8h30, a paralização terminou às 10h00 e reuniu em frente àquela escola cerca de 20 professores.
Alguns docentes presentes relataram ao nosso jornal as suas preocupações face às propostas de alterações ao modelo de concurso de colocação de professores, assim como a “luta” pela melhoria das condições de carreira. O objetivo da greve é fazer chegar ao Governo estas indignações e implementar mudanças.
Com as férias natalícias a começar (hoje é o último dia de aulas), está marcada uma nova greve para todo o mês de janeiro de 2023.
Por: Filipe Vilhena